As exportações do Rio Grande Norte apresentaram um crescimento acumulado de 72,8% de janeiro a novembro de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, foram movimentados US$ 454,47 milhões em negociações, o equivalente a mais de R$ 2,5 bilhões. A participação do RN nas exportações do Brasil foi de 0,2%. Em 2020, considerando o mesmo período, as exportações somaram US$ 262,2 milhões. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial do RN foi superavitário em US$ 158,6 milhões. Entre os estados brasileiros, o RN ficou em 24º lugar.
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e mostram ainda que a corrente de comércio, importante indicador de dinamismo econômico, cresceu 75,5%, chegando a US$ 750,4 milhões. Nos onze meses do ano, o óleo diesel representou 37,5% do total exportado (US$ 170.531 milhões) e apresentou um crescimento de 640% em relação ao exportado no mesmo período do ano passado. Aparecem na sequencia de maiores exportações do Rio Grande do Norte entre janeiro a novembro os melões (US$ 84,6 milhões); melancias (US$ 30,5 milhões); tecidos de algodão (US$ 26,7 mi); peixes (US$ 24,5 mi) e lagostas (US$ 14,4 mi).
Para o secretário de Agricultura e Pesca do Rio Grande do Norte, Guilherme Saldanha, o crescimento das exportações do Estado “anima” o setor e a expectativa é que em 2022 os números sejam ainda melhores. “Estamos bastante animados com esses números. Nossas frutas continuam tendo um peso importante na pauta das exportações. Acredito que fecharemos o ano com US$ 160 a 170 milhões. O RN se consolida como o maior exportador de frutas do Brasil”, comenta.
Entre os principais destinos das exportações potiguares estão Singapura (31%), Países Baixos (16%), Estados Unidos (15%), Reino Unido (7,8%) e Espanha (7,1%).
Somente no mês de novembro, foram exportados US$ 51,7 milhões, um crescimento de 26,2% em relação a novembro de 2020, quando foram exportados US$ 40,9 milhões. Neste ano, destaque para as exportações de melões e melancias que, juntos, representaram 58,6% do total exportado no mês, seguidos pelo açúcar, peixes e tecidos de algodão. Segundo a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), em novembro, no Porto de Natal, foram movimentadas 55.541 toneladas de produtos, principalmente, frutas frescas.
Guilherme Saldanha relembra que a pandemia de coronavírus dificultou as exportações devido as questões logísticas em todo o mundo. A previsão no meio do ano era do RN atingir US$ 200 milhões somente em exportações de frutas, ultrapassando R$ 1 bilhão.
“Não vamos chegar por conta dessa logística. Está faltando espaço nos navios, conteineres, isso prejudica nossas exportações, especialmente nossas frutas, porque quando não mandamos numa semana, enviamos na semana seguinte, e a fruta perde uma semana de vida útil de prateleira. Isso é importante para um produto perecível”, completou, acrescentando ainda que o RN deve voltar a exportar camarão.
Importações
As importações do RN cresceram 79,7% de janeiro até novembro deste ano. Em números aproximados, foram US$ 295.905 milhões em negociações no Estado. No mesmo período do ano passado, este montante era de US$ 164.657 milhões. Somente em novembro, o RN importou US$ 32 milhões.
A China, origem dos equipamentos de geração eólica e placas solares e Argentina, origem do trigo e estruturas de ferro e aço, representaram, juntos, 61% dos valores importados pelo RN no ano. Estados Unidos, origem de 12% das importações potiguares, fornece coque de petróleo, trigo e polímeros.
Tribuna do Norte