Homem havia se apresentado à polícia dois dias após o crime, mas estava em liberdade.
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (3) o policial militar suspeito de ter matado o irmão, Carlos Alberto Ferreira, de 53 anos, e a cunhada, Maria de Fátima Alves da Cruz, de 48 anos, no dia 18 de dezembro passado, na Zona Norte de Natal. O soldado da PM havia se apresentado dois dias depois do crime, contudo ficou em liberdade por livrar o flagrante. Agora ele está detido sob força de mandado de prisão preventiva.
A prisão do PM de 41 anos é resultado de investigação realizada pela Delegacia da Zona Norte da Divisão de Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O soldado foi preso no bairro Nossa Senhora da Apresentação.
“Nossas investigações apontam que Carlos Alexandre teria matado o irmão e a cunhada motivado por uma questão judicial que envolvia uma dívida de R$ 40 mil. No dia do crime, o suspeito havia participado de uma audiência e, durante a noite, foi até a casa do irmão para cometer o crime. Carlos Alberto foi atingido pelos disparos de arma de fogo, socorrido, mas não resistiu. E a esposa morreu na residência, após ter sofrido quatro disparos, um deles na cabeça”, detalhou o delegado da DHPP, Roberto Andrade.
No dia em que se apresentou à polícia, o soldado prestou depoimento aos investigadores da Divisão de Homicídios. “Durante depoimento, alegou que não lembrava de ter cometido crime algum, pois estaria sob efeito de substâncias que teriam apagado a memória dele na noite do crime”, revela o delegado Roberto Andrade.
Nesse mesmo dia, a pistola que estava em posse do policial militar, pertencente à PM do Rio Grande do Norte, foi apreendida. A arma será periciada com o intuito de descobrir a possível utilização dela para matar as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, o PM teria entrado pelos fundos da casa no conjunto José Sarney e, armado, surpreendido o casal, que morava na residência. A mulher foi atingida na cabeça e morreu na hora. Já o irmão do policial, foi baleado no abdômen e socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento do Potengi. Porém, não resistiu aos ferimentos.
Carlos Alberto Ferreira tinha 53 anos, e a mulher dele, Maria de Fátima Alves da Cruz Ferreira, 48.
Segundo relatos de testemunhas, há 10 dias vários disparos foram feitos no portão da casa do casal.
A Polícia Civil também contou que recebeu informações de que, há alguns anos, os irmãos tinham uma empresa de manutenção de equipamentos de panificação. Porém, houve um desentendimento familiar e a sociedade acabou.