A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) do Rio Grande do Norte confirmou 103 casos de Covid-19 entre os internos de nove unidades prisionais do estado pelo menos até o último sábado (22). 30 policiais penais estão afastados do trabalho por causa da doença.
O número de casos suspeitos entre os presos é ainda maior, uma vez que os detidos das celas onde foram detectadas as infecções foram isolados para observação.
Neste domingo (23), a Seap também suspendeu as visitas presenciais na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, o décimo estabelecimento a adotar a medida.
Segundo os dados recebidos pela equipes de saúde da Seap, os presos doentes apresentam tosse, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta irritada, mas não relataram perda de olfato ou paladar. Alguns reclamaram de leve cansaço.
“O quadro de saúde em geral é estável. A Seap determinou que os presos enfermos recebam alimentação dobrada”, informou a secretaria, em nota.
Os privados de liberdade estão em celas isoladas das demais para evitar a disseminação da doença. Segundo a pasta, suspensão das visitas no momento epidemiológico atual visa garantir a segurança dos servidores, dos privados de liberdade e seus familiares.
A Seap determinou a apresentação do passaporte vacinal obrigatório para adentrar nas unidades prisionais e demais prédios da administração penitenciária.
Unidades com visitas suspensas:
- Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Nísia Floresta)
- Penitenciária Rogério Coutinho Madruga (Nísia Floresta)
- Central de Recebimento e Triagem de Parnamirim
- Cadeia Pública de Ceará-Mirim
- Cadeia Pública de Caraúbas
- Penitenciária Agrícola Mário Negócio (Mossoró)
- Penitenciária João Chaves Masculino (Natal)
- Centro de Detenção Provisória Feminina de Parnamirim
- Cadeia Pública de Nova Cruz
- Penitenciária do Seridó (Caicó)
Segundo a Seap, no caso da penitenciária do Seridó, a suspensão de visitas foi adotada porque a ocupação de leitos de UTI para Covid em Caicó atingir os 90% da capacidade.
Ainda segundo a Seap, as direções das unidades foram orientadas a manter contato com os familiares dos internos doentes para atualizar a situação de saúde do privado de liberdade.