O deputado estadual Getúlio Rêgo não recebeu veto do União Brasil para ingressar no novo partido, como foi noticiado por setores da imprensa de Natal. O que há é uma resistência de possíveis candidatos à Assembleia Legislativa, pelo União, a concorrer dentro do partido com quem já tem mandato, seja Getúlio ou qualquer deputado estadual ou federal.
O próprio Getúlio Rêgo resiste ir para o novo partido, temendo não ter uma nominata forte capaz de viabilizar a sua reeleição. O parlamentar tentará o 11º mandato na Assembleia Legislativa nas eleições 2022.
Em contato com titular do blog, por telefone, Getúlio disse que conversou com o ex-senador José Agripino, líder do União Brasil, para mostrar a sua dificuldade de ir para o novo partido. Ele afirmou que Agripino foi compreensível. Os dois têm relação política há mais de três décadas, desde o PFL ao Democratas (DEM).
“A minha ida pra lá (União Brasil) não vale a pena. Disse isso a Agripino. Ele foi bastante receptivo, concordou que eu tinha razão, que eu precisava ter cautela para tomar a melhor decisão”, revelou.
No entendimento de Getúlio, a nominata que o União Brasil tenta formar, com alguns vereadores de Natal, não tem sustentação para ele viabilizar o projeto de reeleição.
Getúlio Rêgo tem duas opções de filiação: PSDB, do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), e o Progressistas, do deputado federal Beto Rosado, com possibilidade maior para a sigla tucana.
O PSDB está viabilizando uma chapa capaz de eleger até oito deputados estaduais, o que facilitaria o projeto de Getúlio. “O Progressistas também terá uma boa chapa, com a possível candidatura de Rosalba Ciarlini (ex-prefeita de Mossoró, ex-senadora e ex-governadora), por isso, vamos analisar com calma e tomar uma decisão até o final deste mês”, disse Getúlio.