Sargento Antônio Cândido dos Santos, de 37 anos, foi baleado no peito durante um assalto na manhã desta segunda-feira (5) em Natal. Um suspeito foi preso.
“Eu me sinto sem chão. Queria chorar pra ver se aliviava tudo o que eu estou sentindo, mas não consigo”, desabafou Tâmara dos Santos, viúva do sargento da Polícia Militar Antônio Cândido dos Santos. A mulher ainda falou que ouviu os disparos que atingiram o marido dela.
O sargento foi morto a tiros no início da manhã desta segunda-feira (5) em frente ao hospital da Liga Contra o Câncer, no bairro de Dix-Sept Rosado, na Zona Oeste de Natal.
O sargento Cândido tinha 37 anos. Destes, 14 dedicados à corporação. Ele e a mulher foram ao hospital como acompanhantes do pai do sargento, que precisava fazer um exame. O policial deixou os dois dentro do hospital e saiu para estacionar o carro em um outro lugar.
O policial caminhava pela calçada com o celular na mão quando foi abordado por dois assaltantes em uma motocicleta
Segundo a PM, Cândido não reagiu ao assalto, mas foi baleado mesmo assim. A arma do PM foi levada pelos criminosos.
“Escutei lá da recepção e eu falei: gente, são tiros, são tiros. Quando eu percebi, era o meu esposo. Tinha um homem atirando nele. Ele estava caído no chão e ele ficou atirando, atirando. E ele saiu correndo, e eu vim até aqui, e meu esposo no chão, suspirando. Ai, meu Deus! E ele morreu. O Samu veio, mas ele já tinha morrido”, relatou Tâmara.
Antônio Cândido foi o 10º PM morto este ano no Rio Grande do Norte. Ele era lotado no Pelotão da PM em Santana do Matos, mas morava em Caicó, de onde viajou para acompanhar o pai ao hospital. “A gente foi visitar a praia com meu pai, visitamos uns familiares. Estava todo mundo muito feliz”, contou a irmã, Neves Moreira.
“A gente está assim, arrasada. Eu creio que Deus está levando ele porque está precisando mais dele do que a gente, porque ele era um filho, um irmão maravilhoso, era o xodó de todo mundo da família”, disse a irmã à reportagem.
Além da mulher, Cândido deixa um filho de 4 anos
Prisão
Ainda pela manhã, a polícia prendeu um suspeito de participar do crime na comunidade Novo Horizonte, conhecida como Favela do Japão, no bairro das Quintas, onde também foi encontrada a moto usada no assalto. Segundo a PM, o homem usava uma tornozeleira eletrônica e não estava armado. A polícia ainda procura um segundo suspeito.