Pela Jornalista Poliana Santos
Com pouco mais de três anos de mandato político, a Deputada Federal Zenaide Maia (PR) desponta nas intenções de votos, acirra a disputa para o Senado nas eleições de 2018 e desmonta a plataforma política das oligarquias Norte-rio-grandenses.
Após 8 anos de união, preste a completar Bodas de Barro, o casamento político dos senadores Garibaldi Alves (MDB) e José Agripino (DEM) foi finalmente abalado. A aliança firmada em 2010, com o intuito de sobreviver àquela disputa eleitoral, ao mesmo tempo em que derrotara a ex-governadora Wilma de Faria, provavelmente, não será mantida.
O compromisso partidário termina após vários arranhões na imagem dos dois parlamentares potiguares, devido a denúncias de corrupção, ainda em processo de investigação, assim como ao apoio irrestrito dos projetos impopulares de autoria do presidente Michel Temer.
Sem débito com a justiça e com os eleitores, o nome de Zenaide Maia surge, então, como uma via de mão única para o Senado. Contrariando a expectativa do seu próprio partido da executiva nacional, a deputada votou contra a PEC da Morte (241), que congelou os investimentos na saúde, educação e assistência social, e disse “Não” as reformas trabalhista e previdenciária. Praticamente, “solteira” do PR, a parlamentar seguiu casada com o povo brasileiro.
A avaliação da sua habilidade política e da aprovação popular ganhou repercussão nas pesquisas eleitorais, ao exemplo da Consult/FIERN e da Seta/Blog do BG, realizadas em 2017. As mesmas apontam que a parlamentar lidera a preferência dos entrevistados para disputar uma cadeira no Senado, superando, inclusive, as intenções de votos destinados ao candidato da reeleição, José Agripino.
Este novo cenário político do Estado mostra que uma mulher aparece como pivô da separação dos aliados – Alves e Agripino. Esse ano, os dois podem estar em palanques diferentes, beijando o altar que eles mesmos destruíram. Porém, diz o ditado popular que “o que Deus uniu o homem não separa”, tão pouco menos será fácil separar Garibaldi de José, e ambos de Temer.