Por Thiago Medeiros
O processo que antecede cada eleição se encontra internamente no controle dos partidos. Ser presidente partidário lhe confere uma vantagem na montagem de uma estratégica e tática eleitoral. Sendo assim não demorou muito para que o recém eleito senador Rogério Marinho (PL) comece uma ofensiva por domínio do Partido Liberal no Rio Grande do Norte.
Marinho, mal assumiu a cadeira no senado mas já fala em ser candidato a governador em 2026. Esse é claramente seu desej, e para realizá-lo conta em bolsonarizar de vez o partido no RN. Rogério se tornou um grande defensor dos ideais bolsonaristas, inclusive adepto da defesa daqueles que cometeram os atos de ataque a democracia no dia 08 de janeiro. A estratégia é simples, assumir o controle do partido antes das eleições de 2024 e formar uma base de prefeitos e vereadores bolsonaristas capazes de sustentar uma possível candidatura sua na eleição de 2026.
Porém, com objetivo diferente porém não tão distante, Rogério enfrentará João Maia, que tem um bom trânsito nacionalmente no partido e conta com essa vantagem de ser presidente para sustentar seu próprio projeto político. Rogério andou dizendo pelo interior que vai “ter” o PL, e João não gostou dessa conversa, porém o que pesa contra o deputado é que o partido bolsonarizou de vez, e aposta alto nessa polarização para ampliar espaço para 2024, no PL de Valdemar e Bolsonaro não tem espaço para racionalidade, a ordem é ser raiz e da extrema direita: “Deus, Pátria e Família”.
Veremos qual projeto sairá vencedor, mas me parece que o Senador leva ampla vantagem. O fato é que a oposição parece querer dessa vez trabalhar um nome ao governo com mais antecedência do que 2022. Veremos como o bolsonarismo irá se perpetuar no Rio Grande do Norte, se teremos espaço para as ideias anti-democráticas difundidas durante os anos do governo de Jair.
O Potiguar