Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos, foi preso na quinta-feira (26) no litoral potiguar. No mesmo pavilhão, estão mais 149 presos, detidos por diversos crimes.
O pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos, está no Pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta, região metropolitana de Natal, isolado e sem qualquer contato com outros presos detidos no prédio. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc).
Marcondes, apontado como principal suspeito de ter matado a menina Iasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, chegou à maior unidade prisional do Rio Grande do Norte no mesmo dia em que foi preso, na quinta-feira (26). Segundo informações passadas pela assessoria de imprensa da Sejuc, ele está isolado, em uma cela conhecida como “seguro”. No mesmo pavilhão, estão mais 149 presos, homens detidos por diversos crimes.
Ainda segundo a Sejuc, o pedreiro não fez nenhuma exigência especial desde que chegou à penitenciária e tem o direito garantido por lei a visitas, como qualquer outro interno.
Preso provisório, Marcondes não é o único nessa situação em Alcaçuz. Segundo a pasta responsável pelo sistema prisional potiguar, desde o ano passado a penitenciária é autorizada a abrigar detentos que não foram ainda julgados pela Justiça. A unidade cumpre, assim, o papel que os Centros de Detenção Provisória (CDPs) cumpriam antes de começarem a ser desativados um a um no estado.
A Sejuc garante, em nota, que “eles (os presos provisórios) não possuem qualquer tipo de contato com os presos sentenciados”.
Alcaçuz
De acordo com a Sejuc, o Pavilhão 2 de Alcaçuz começou a ser ocupado em março deste ano. Atualmente são 150 detentos. Nos outros blocos da unidade prisional são mais cerca de mil internos: 600 distribuídos no Pavilhão 1 e mais 400 no Pavilhão 3.
Não há um pavilhão específico para presos sexuais, suspeitos de crimes como estupro ou pedofilia. “Em casa pavilhão há celas de seguro para esses presos”, destaca a Sejuc.
Confissão
Marcondes Gomes confessou que matou Iasmin Lorena em depoimento à Polícia Civil. Ele foi preso pela PM nesta quinta-feira (26) em uma praia no município de Touros, no Litoral Norte potiguar. Na versão contada aos investigadores, o pedreiro afirma que agiu sozinho.
A motivação para o crime, que foi divulgada em coletiva de imprensa concedida pela Polícia Civil, teria sido uma tentativa frustrada do suspeito manter relações íntimas com a menina. Após uma negativa de Iasmin a um assédio, ele teria a matado com um estrangulamento. Um cabo de aço de bicicleta, confessou o homem, foi usado para o homicídio.
Após matar a jovem, Marcondes disse que a enterrou. Somente nesta semana, após a ajuda de um cão farejador, a Polícia Militar conseguiu encontrar um corpo em uma casa em construção que, possivelmente (segundo a própria delegada Dulcineia Costa, que investiga o caso pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), é de Iasmin.
Somente um exame de DNA, a ser realizado pelo Instituto Técnico-científico de Perícia (Itep-RN) confirmará, cientificamente, que o corpo é mesmo da menina Iasmin Lorena.
Desaparecimento