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Mortes pelas chuvas chegam a 21 em São Paulo

As fortes chuvas que atingem São Paulo já causaram 21 mortes desde sexta-feira (28). Segundo a Defesa Civil, há oito crianças entre as vítimas. Os alagamentos e deslizamentos de terra deixaram cerca de 660 famílias desabrigadas ou desalojadas.

A última vítima localizada foi um bebê com três meses de vida que morreu num deslizamento de terra, em Itapevi, na Grande São Paulo, por volta das 22h desde domingo (30).

A casa em que a família do bebê estava foi atingida por lama vinda de uma encosta. Ele e a mãe, de 27 anos, foram resgatados, mas a criança morreu no hospital.

Além do bebê, foram registradas cinco mortes em Franco da Rocha, quatro em Francisco Morato, três em Embu das Artes, uma em Arujá, (todas na Grande SP), cinco mortes em Várzea Paulista (54 km de SP), uma em Jaú (287 km de SP) e uma em Ribeirão Preto (313 km de SP), segundo a Defesa Civil Estadual.

Em Várzea Paulista, os mortos são da mesma família —um casal, um bebê de um ano e duas crianças, de 10 e 12 anos; em Embu das Artes, as chuvas causaram a morte de uma mulher de 45 anos e dois filhos —um homem de 21 anos e uma menina de 4.

Na cidade de Francisco Morato, três crianças e um adulto morreram em dois soterramentos nos bairros Jardim Arpoador e Recanto Feliz.

Em Arujá, um homem com 59 anos morreu afogado após o carro em que estava cair em uma galeria de vazão de água.

Em Jaú, um homem com 61 anos morreu afogado após ter a casa invadida pela chuva; em Ribeirão Preto, um rapaz com 57 anos foi levado pela enxurrada.

O acumulado de chuvas desde sexta-feira provocou deslizamentos de terra, transbordamento de rios e córregos, deixou cidades alagadas e rodovias interditadas. Franco da Rocha foi uma das cidades mais afetadas pelas chuvas em São Paulo.

Em deslizamento de terra na rua São Carlos, cinco pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida. Durante a madrugada, equipes dos bombeiros, da Defesa Civil e dos serviços de saúde procuravam por vítimas em meio à lama —a prefeitura estima que ainda estejam desaparecidos cerca de dez pessoas. Segundo a administração municipal, 15 imóveis foram atingidos.

A Prefeitura de Franco da Rocha chegou a alertar a população na noite deste domingo que a represa Paiva Castro atingiu 78,7% da capacidade, considerado o limite da cota de segurança. Com isso, existe a possibilidade de abertura das comportas, o que causaria mais alagamentos na região.

Às 6h09 desta segunda-feira (31), no entanto, a prefeitura informou que, com a diminuição da chuva na madrugada, a manobra de abertura da repressão não precisou ser realizada até o momento.

Segundo o governo do estado, serão liberados R$ 15 milhões para dez municípios mais prejudicados pelas chuvas.

“Os recursos anunciados serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhões), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhões), na Região Metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do Estado”, diz tercho de nota enviada pela gestão estadual.

Em entrevista coletiva em Franco da Rocha, Doria cobrou ajuda federal. “O governo federal tem responsabilidade também e deve ser solidário, tem obrigação de oferecer apoio, não apenas com manifestações, mas com recursos e equipes.

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