Um dia depois de ser citado por Jair Bolsonaro, que disse que o convidou com a promessa de nomeá-lo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Sergio Moro afirmou que não impôs nenhuma condição ao assumir o cargo. Moro participou nesta segunda-feira (13) de um congresso promovido pela Escola de Magistratura Federal do Paraná (Esmafe-PR) e pela
Associação dos Juízes Federais (Ajufe). Na palestra, ele também defendeu a permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob seu comando, no Ministério da Justiça.
Parlamentares da oposição viram na declaração de Bolsonaro o pagamento de uma dívida pela prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), que venceria a eleição presidencial em primeiro turno. O presidente do Brasil falou sobre a indicação de Moro ao STF em entrevista à rádio Bandeirantes no domingo (12). “A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com o Moro [de indicá-lo]. Fiz um compromisso com ele porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura”, falou.
Sem citar sua possível indicação para uma vaga no STF, Moro disse que sua adesão ao governo ocorreu por uma convergência de pautas. “Não estabeleci nenhuma condição ao aceitar o convite. Quero trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Houve uma convergência de pautas (com o presidente)”, falou.