Neste projeto, estão todos os casos de homicídio, latrocínio, feminicídio, morte por intervenção policial e suicídio ocorridos de 21 a 27 de agosto no Brasil. São 1.195 mortes registradas – uma média de uma a cada oito minutos.
Baixa Resolutividade
Dentro desse contexto de falta de resolutividade, quatro promotorias da Região Metropolitana entraram com ações na Justiça para tentar ampliar o efetivo de investigadores em suas comarcas.
A principal reclamação entre agentes e delegados da Polícia Civil é a falta de pessoal para dar conta da quantidade de trabalho, principalmente nos casos de mortes violentas, que demandam mais tempo das equipes.
O Ministério Público do Estado fez um levantamento – a partir de um inquérito instaurado pela 70ª Promotoria de Natal – e apontou uma má distribuição do efetivo da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. O estudo resultou em quatro ações civis públicas, por parte das promotorias de Parnamirim, Ceará-Mirim, Macaíba e São Gonçalo do Amatante, pedindo o remanejamento desses agentes para conseguir dar vazão aos inquéritos nessas DPs da Região Metropolitana.
“Inegável se faz lembrar que um dos maiores fatores retroalimentadores da violência é a impunidade. Nesse raciocínio, quanto dos 2408 CVLIs de 2017 foram esclarecidos? Essa pergunta precisa ser respondida e conter propostas de resultados para qualquer gestor que queira quebrar a dinâmica evolutiva da violência”, alerta Ivenio Hermes, especialista em segurança pública e coordenador do Observatório da Violência do RN (Obvio).