O salário médio pago a um trabalhador, empregado pelo setor da construção civil, no Rio Grande do Norte está entre os mais baixos do país. Com um valor médio de R$ 629,40, a mão-de-obra para a construção civil no Rio Grande do Norte fica entre as cinco mais baratas do Brasil, atrás apenas do que é pago em Sergipe (R$ 600,90), Ceará (R$ 612,14), Alagoas (R$ 621,31) e Pernambuco (R$ 623,87). Isso é o que revela pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e com a Caixa Econômica Federal.
Os valores correspondem ao salário hora bruto da categoria profissional, calculado com base no piso da empresa pesquisada, referente à jornada normal de trabalho de 44 horas semanais, totalizando 220 horas num mês. Os salários contratados para execução de “serviços por empreitada” não foram considerados no levantamento.
Custo por metro quadrado
Mas, apesar de ter mão de obra a um baixo custo, o Rio Grande do Norte é apenas o 9º estado com menor custo médio do metro quadrado. Sergipe é o estado com menor custo (R$ 1.542,08) e Santa Catarina, o de maior (R$ 1985,70).
“No caso específico, quando um dos componentes do indicador, como mão de obra, apresenta menor custo, há impacto na indústria da construção como um todo. Contudo, por se tratar de uma medida que inclui outros custos, é possível que os outros insumos sejam impactados por questões logísticas, como o transporte, cujo o custo, superaria o da mão de obra“, explica Ernane de Souza, Analista de Gestão em Pesquisa do IBGE/ RN.
Passando para valores em reais, o metro quadrado que custava R$ 1.618,17 no RN em dezembro de 2023 passou para R$ 1.624,41 em janeiro de 2024, sendo R$ 995,01 relativos aos materiais e R$ 629,40 à mão de obra. Na média nacional, o custo médio do metro quadrado na construção civil, em janeiro deste ano, ficou em R$ 1.725,52, valor acima da média potiguar.
“O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) tem por objetivo produzir séries mensais de custos e índices para o setor habitacional e são fundamentais no planejamento de investimentos públicos e privados ao dar suporte a decisões nessa área“, acrescenta o Analista de Gestão em Pesquisa do IBGE/ RN.
O Índice Nacional da Construção Civil, que inclui custos do setor habitacional, como salários, materiais e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação, apresentou uma pequena variação no início deste ano, passando de 0,4% em dezembro de 2023 para 0,39% em janeiro de 2024. O histórico do índice também demonstra uma estabilidade no setor. Em janeiro de 2021 essa variação média era de 2,64%, passou para 1,41% em janeiro de 2022, para 0,36% em janeiro de 2023 e, por fim, para 0,39% em janeiro de 2024.