A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou as informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika no Rio Grande do Norte. Os dados são referentes à semana epidemiológica nº 17, com informações coletadas até 28 de abril.
“Apesar da queda do número de casos, em comparação com anos anteriores, ainda temos no RN alto índice de municípios com infestação predial, o que necessita um olhar mais atento das Prefeituras para o controle vetorial”, explicou Maria Lima, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap.
No Rio Grande do Norte 90,54% dos municípios – o que representa 151 cidades – apresentam índice de infestação predial classificado como de alerta ou risco.
Atuando de forma preventiva, a Sesap atendeu este ano a solicitações para realização de operações com carro fumacê em 16 municípios do estado: Campo Redondo (janeiro); Jucurutu, Natal, São Gonçalo do Amarante e Mossoró (Fevereiro); Natal, Currais Novos, Passa e Fica e Bodó (março); João Câmara, Mossoró, São Vicente e Natal (abril); Campo Redondo, Caiçara do Norte, Caiçara do Rio dos Ventos, Bom Jesus, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Natal, São José de Mipibu, Pureza, Santo Antônio (Maio).
De acordo com as normas do Ministério da Saúde, a utilização do carro fumacê só é indicada em localidades onde existe alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti e transmissão das arboviroses com casos notificados e confirmados.
Dengue
Desde o início de 2018 foram notificados 7.332 casos suspeitos de dengue, com 2.278 casos confirmados, o que representa 31,07% do total de casos. Em 2017, no mesmo período, o número de casos suspeitos era 4.092, sendo 707 confirmados.
Chikungunya
Neste ano de 2018 foram notificados 805 casos suspeitos e confirmados 52 para chikungunya. Já em 2017, no mesmo período, foram notificados 792 casos suspeitos e confirmados 239 casos.
Zika
Em 2018 foram notificados 143 casos suspeitos de zika, com 19 confirmados. Em 2017, o número de casos suspeitos era de 231 casos, sendo 03 confirmados.
Os óbitos notificados por dengue, zika e chikungunya são na sua maioria evitáveis tornando-se um indicador sensível da qualidade da assistência. Fazendo um recorte até a SE 17, nos anos de 2016 e 2017, foram notificados 244 e 49 óbitos respectivamente. Isso representou uma redução de 89,80% das notificações de mortes quando se faz a comparação 2016 com 2017. Importante ressaltar que ainda não se tem óbitos confirmados por arboviroses no ano de 2018, mas há o registro de 10 óbitos notificados em processo de investigação.