Segundo o ministro da Fazenda, a receptividade no exterior à apresentação de títulos verdes em elaboração pelo governo federal tem sido “a melhor possível.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (18) que a receptividade no exterior à apresentação de títulos verdes em elaboração pelo governo federal tem sido “a melhor possível”. A afirmação foi feita a jornalistas antes de evento, promovido em Nova York pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sobre desenvolvimento sustentável no Brasil.
Haddad afirmou que a apresentação dos títulos foi feita em 36 eventos diferentes para “mais de 60 fundos de investimento”.
“Esse recurso fica carimbado para financiar projetos sustentáveis, com taxas de juros mais convidativas do que temos hoje”, disse, destacando que “o Brasil já vem reduzindo as suas taxas de juros internas”.
“Mas esse financiamento internacional vai permitir que esse processo seja acelerado”, disse.
Haddad afirmou que o “Tesouro vai julgar a conveniência de quanto e quando colocar esses títulos” no mercado. Mas, de acordo com ele, os recursos iniciais que o Brasil pretende captar com esses títulos é “muito pequeno” em relação ao montante total que será possível captar para financiar a transição energética.
“O país tem condição de captar muitos recursos no exterior”, disse, afirmando que o Brasil tem “a matriz energética mais limpa do mundo e, mais do que isso, tem condição de dobrar a produção de energia limpa em um prazo inferior a 10 anos”.
Segundo o ministro, essa energia limpa pode ser exportada de mais de uma maneira. “O hidrogênio verde é apenas um deles, mas você pode exportar no produto manufaturado”, disse. Segundo ele, a exportação de produtos manufaturados verdes é o “objetivo último” dessa agenda.