Ministro afirmou que será uma surpresa porque “tem gente grande que acha que não será privatizado, mas vai entrar na faca”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na noite dessa terça-feira (20/08/2019) que o governo deve anunciar nesta quarta-feira (21/08/2019) a privatização de 17 empresas. “E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande que acha que não será privatizado e vai entrar na faca”, disse o ministro, ao dizer em seguida que “ano que vem tem mais”.
“Nós vamos seguir [com as privatizações], é um tempo bom, vai dando certo. Achamos que quatro anos é um tempo bom, faltam três anos e meio, dá tempo ainda”, disse o ministro. “Essa fusão da Embraer com a Boeing é um negócio extraordinário. Se conseguirmos fazer mais duas ou três grandes fusões de grandes empresas brasileiras”, disse.
Veja a lista
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF);
- Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
- Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev);
- Casa da Moeda;
- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp);
- Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas);
- Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU);
- Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb);
- Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa);
- Empresa Brasil de Comunicação (EBC);
- Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec);
- Telebras;
- Correios;
- Eletrobras;
- Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex);
- Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
O ministro elogiou a fusão entre as empresas Embraer e Boeing e disse ainda que o ideal seria fazer mais duas ou três fusões do tipo. Em seguida, Guedes afirmou que o governo tem conversado com os Estados Unidos e a China em busca de acordos comerciais. “Vamos dançar com os americanos e com os chineses”, disse.
Conversa com o Senador
Guedes disse ainda ter saído positivamente surpreso de conversa que teve mais cedo com lideranças do Senado em relação a prazos para a reforma tributária e para a proposta de pacto federativo.
O ministro contou que chegou para a reunião com a previsão de que a reforma tributária levasse de cinco a seis meses para ser votada e que o pacto levaria de oito meses a um ano. No entanto, os senadores esperam concluir tudo de dois a três meses. “Eu saí de lá assobiando”, afirmou o ministro. “Foi uma conversa extraordinariamente positiva.”
Guedes, que participou de evento de premiação de empresas em São Paulo, quis compartilhar com os presentes um pouco do que tem sido a experiência em Brasília. Segundo ele, a capital federal tem “muito ruído”, porque “dá emoção”, mas ressaltou que os sinais são muito bons. “O que vejo em Brasília é muito diferente do barulho, não é isso o que está acontecendo”, disse.
O chefe da Economia disse que tem visto os parlamentares com vontade política para realizar mudanças. “Estamos contrariando a expectativa de que seria um governo sem sustentação parlamentar”, afirmou o ministro, em referência ao andamento da agenda econômica no Congresso, sem deixar de dar o mérito para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Informações: Agência do Estado