Apesar de admitir que ainda não tem votos para votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, o governo acredita que a votação do projeto acontecerá ainda em maio. A previsão é que a PEC vá a plenário no dia 24 ou 31 de maio, segundo assessores do Palácio do Planalto, que garantem que o governo ainda “não jogou a toalha”. Eles negam a previsão de que a proposta só vá a voto em agosto.
Além disso, e a despeito da resistência de parlamentares em votar pela aprovação da reforma, responsáveis pela articulação política do governo garantem que, quando a proposta for votada, ela terá ao menos 330 votos consolidados da base aliada, que tem cerca de 411 deputados.
— O governo ainda não jogou a toalha, quer votar no primeiro semestre na Câmara. E estando pronto para o plenário, o governo espera ter 330 votos confirmados da base — disse um interlocutor do governo.
Paralelamente, o Planalto admite que deve ser negociado com senadores a votação da urgência da reforma trabalhista no Senado antes que a Câmara aprecie a Previdência, já que muitos deputados reclamam do desgaste que enfrentam pela delicadeza que envolve a proposta. Essa seria uma forma de dividir com o Senado o desgaste imposto pelo governo. Nesta terça-feira, o presidente Michel Temer vai se reunir com senadores do PMDB para tratar do tema, na tentativa de isolar o líder do partido, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem sido um aliado incômodo para o governo ao criticar todas as propostas encampadas por Temer.
O globo