A titulo de registro para história republicamos o texto postado no Cidadão 190 que conta um pouco dos fatos ocorridos na FINECAP 2019
Normalmente no Brasil a memória das pessoas costuma ser curta, mas é sempre bom relembrar a ordem cronologica dos fatos, principalmente quando estão relacionados ao interesse público, para que possamos entender a origem do tão polêmico Front Stage na FINECAP 2019. Não importa se você é contra ou favor, o assunto virou notícia nacional e você precisa saber como tudo começou.
No dia 11 de maio de 2019, o prefeito da cidade, Leonardo Nunes Rego, lançava em praça pública, quatro meses antes do evento e sem anunciar nenhum patrocinador, a festa de emancipação da cidade, denominada 23° Finecap, ao custo aproximado de 900 mil reais com bandas de renome nacional. Para muitos criticos à época, a festa lançada 4 meses antes, fato que nunca aconteceu, tinha como objetivo esconder o fracasso da gestão em vários serviços básicos à população, principalmente na saúde, depois que pessoas morreram de calazar, numa nítida estratégia do pão e circo, tão comum aos políticos tradicionais. Seriam 4 meses de “corta para setembro”.
Em razão das críticas aos altos valores investidos na festa, o prefeito da cidade foi à rádio e acalmou a população dizendo que o custeio da FINECAP ficaria que quase na totalidade com a iniciativa privada, que sua equipe dinâmica e competente atrairia a iniciativa privada para investir no evento através de bons patrocínios. De fato, o gestor gastou dinheiro viajando a São Paulo para anunciar a entrega do plano de mídia para a principal parceira, a empresa do ramo de combustível ALE, que era tida como “parceira histórica”, em que anos anteriores contribuiu com uma quantia considerável para custear boa parte das bandas. Outras empresas foram procuradas e da mesma forma criou-se um ambiente de expectativa em que a iniciativa privada pagaria o evento para a gestão.
Os dias foram se passando e o que era uma organização otimista, dinâmica e competente, foi dando espaço para várias frustrações, e a principal delas, o grupo ALE não achou vantajoso investir no evento. Somente 4 patrocinadores, que somados não pagaram nem a banda principal, aceitaram fazer parte do evento.
Em razão dessa e outras frustrações, a organização do evento passou a discutir a possibilidade de criar um FRONTSTAGE para solucionar o problema de arrecadação privado. Quando o prefeito falou que o FRONT STAGE era uma decisão ousada, realmente, transformar o fracasso em inovação não é para todo mundo, principalmente quando essa inovação sairia do bolso do contribuinte, que tá cansado de custear projetos políticos através de altos impostos, porque de fato, Marília Mendonça fez parte do projeto político do prefeito que prometeu em palanque a cantora como atração da FINECAP na eleição de 2016.
Pois bem. Decisão tomada. Mas como dizer para a população que tudo deu errado? Como justificar que além dos impostos será necessário cobrar uma “taxa extra” para o evento acontecer? Eis que a gestão resolve convocar os meios de comunicação numa sala fechada, bem diferente do anúncio inicial do evento, em praça pública, para comunicar as inovações da 23° FINECAP; surge então o FRONT STAGE, o fracasso organizacional que por necessidade financeira, virou inovação impopular na FINECAP 2019. A notícia era tão amarga e constrangedora que a estratégia foi selecionar “formadores de opinião” para convencê-los a defender a inovação impopular nas mídias sociais. A maioria não se convenceu e muito menos quis se expor em defesa do FrontStage.
De fato, foi algo polêmico que ganhou a mídia nacional e por isso vamos falar um pouco mais sobre o assunto. Amanhã vamos saber o porquê das empresas não patrocinarem a FINECAP, o que deu errado no FrontStage que acabou tirando o brilho popular do evento e muito mais.
Texto: Cidadão 190