A situação da saúde do município de Pau dos Ferros é cada vez pior, a população sofre com a falta de assistência por parte da prefeitura
Sai secretária e entra secretária. Entra mês e sai mês e nada muda em Pau dos Ferros. A gente chega a não entender o quê tá acontecendo na pasta da saúde. A cidade que conta com 12 UBS e uma UPA fechada não consegue atender a população. E quando atende, burocratiza o atendimento obrigando os pacientes a esperarem em filas na peleja de uma ficha.
Depois da ficha, vem o atendimento precário nos postos que raramente tem médicos e materiais de insumo. São casos e mais casos de dengue, chikungunya, zica e calazar. Não podemos deixar de alertar que são doenças graves, que inclusive, recentemente, levaram a morte duas pessoas em nossa cidade.
Um município como Pau dos Ferros que até o momento já recebeu 15 milhões de FPM e possui uma tributação riquíssima, não merece o quadro caótico na limpeza pública, nas ações de prevenção e atendimento na saúde pública. O formato administrativo só olha para sí, a ideia é arrecadar e economizar para se auto manter. É a máquina contra o povo, negando serviços que são fundamentais para a população.
Quer um exemplo? O posto de saúde do bairro Alto São Geraldo tá fechado há muitos meses para ser realizada uma reforma, mas em nenhum momento se pensou em alugar uma casa no bairro para não suspender o atendimento. Com isso, estão economizando o custo de manutenção do posto de saúde para depois fazer uma reforma. É o município negando atendimento a população para fazer reforma da sua estrutura física. Um médico custa 12 mil para o município, se o posto ficar fechado 12 meses, já se economizou 144 mil. Imagine quando se coloca no papel técnicos, enfermeiros, atendente, auxiliares e materiais de insumo.
Essa política desastrosa na limpeza pública e na saúde deixou a população vulnerável e potencializou os casos epidemiológicos. O quadro é tão sério que nem os animais escaparam das moléstias do calazar. Nossos animais são vítimas da falta de limpeza pública, distribuição de coleiras e carro fumacê.
O resultado dessa negligência sistêmica acaba expondo a fragilidade do Hospital Regional de Pau dos Ferros que deveria atender urgência e emergência, mas acaba absorvendo a demanda do município que se nega a prestar o serviço em suas UBS e UPA fechadas.
Texto: Cidadão 190