Seja bem vindo!

FACEP QUER OBRIGAR ALUNOS A REALIZAREM ATENDIMENTO PRESENCIAL EM PLENA PANDEMIA

Circula nas redes sociais a discussão em torno do retorno do atendimento presencial do Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Evolução Alto Oeste Potiguar (FACEP), mesmo as aulas estando suspensas pelo Decreto da Governadora do RN, publicado ontem, 13/08/2020.

Os alunos do curso de Direito da FACEP foram surpreendidos com a informação de que teriam que realizar atendimento presencial da disciplina de Prática Jurídica (que vinha sendo cursada de forma remota pelo sistema EAD), a partir do dia 15 de agosto, segunda-feira próxima.
A decisão causou indignação dos alunos, que veem um grande risco não só à sua saúde, como também de familiares e de terceiros.

“O direito à vida e à saúde está acima de qualquer outro direito, e como um direito constitucional, nós não abrimos mão. A faculdade não tem o direito de nos obrigar a correr esse risco, porque estaríamos pondo em risco a saúde de nossos familiares e de toda sociedade.”, afirmou um aluno que não quis se identificar.

“A FACEP não está nem aí para os alunos e querem nos fazer de bucha de canhão em plena pandemia.”

Além disso, os alunos relatam que muitos dos estudantes são de fora de Pau dos Ferros-RN e, como a maioria não tem transporte próprio, seriam obrigados a terem que se deslocar em veículos alternativos e coletivos, aumentando ainda o alto risco de contágio.

“O risco de contágio é real e mesmo usando máscaras e mantendo distanciamento no atendimento, estamos expostos. E não é o fato de sermos jovens que não estamos sujeitos a contrair e doença e até morrer. Se isso acontecer, a FACEP vai arcar com o prejuízo da família? Quanto custa uma vida para a faculdade?”, questiona um dos alunos.

Segundo estudantes, a falta de diálogo, empatia e bom senso, além do excesso de arrogância, tem sido marco no dia a dia dos estudantes da FACEP, que alegam que não é a primeira vez que a instituição impõe desagrados aos alunos, sem nenhuma oportunidade de debater, já tendo sido necessários até protestos para terem seus direitos atendidos.

Parece que o número de mais de 100 mil mortos no país e 2 mil no RN não foram suficientes para despertar o bom senso da Faculdade. “Acho que estão achando pouco os mais de 2 milhões de contaminados no país, ou então os mais de 100 mil mortos e querem aumentar as estatísticas.” Relata aluno.

“Não estamos pedindo nada demais. Não estamos pedindo para não cursarmos a disciplina. Ela vinha sendo feita de forma remota no período anterior e funcionou. Só não queremos adoecer e adoecer outras pessoas. Isso é pedir demais?”, pergunta um dos estudantes.

“Esperamos que a decisão seja revista. Acho até que a dona da faculdade não tem nem conhecimento dessas coisas, porque é uma situação tão absurda, que achamos que essas decisões são tomadas à revelia da direção. Caso contrário, entraremos na Justiça para que nosso direito seja protegido. Além disso, caso nos neguem nosso direito, denunciaremos à instituição junto ao MEC, Ministério Público, Conselho Estadual de Saúde e à OAB. Alguém tem que nos defender”, conclui.

Pois é, não é uma atitude que deixa uma boa imagem da Faculdade, principalmente perante à comunidade do Direito, visto que eram para dar exemplo. Mas esperamos que a situação seja resolvida através do diálogo e que os estudantes não terminem correndo o risco.

Do Folha Regional

Deixamos o espaço aberto para que a faculdade ou o Núcleo de Prática Jurídica possa se pronunciar a respeito do tema, denunciado através das redes sociais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *