Após ataques de ingratidão dos aliados do prefeito Bruno Ferreira, Nicó Júnior pública carta aberta ao povo de Rafael Fernandes
Leia na íntegra:
Carta aberta ao povo de Rafael Fernandes.
Aos amigos, amigas, e a quem possa interessar, em respeito a verdade dos fatos, por meio deste, faço uma reflexão de minha trajetória política até os dias de hoje, minha avaliação do cenário político atual de nossa Rafael Fernandes, esclarecimentos de atos no passado, planos, sonhos e intenções futuras na política rafaelense.
Gostaria de dizer a todos que estou bem e em paz, com minha consciência tranquila e que a cada novo dia procuro ser um homem melhor do que ontem, busco diariamente aprender com meus erros e aprimorar minhas virtudes enquanto ser humano, tenho uma fé inabalável no Deus todo poderoso, e agradeço todos os dias pelas bênçãos em minha vida, me considero um homem mais sábio e tolerante a cada dia, agradeço ao meu saudoso e amado pai Nicodemo, que me ensinou a valorizar as coisas que são realmente importantes em nossas vidas, a fé em Deus, o amor daqueles que nos amam, o respeito às diferenças, e a dignidade naquilo que nos propusemos fazer de nossas vidas. Sou um político por vocação e sou movido pela paixão que tenho por minha terra e amor pelo meu povo, enquanto existir dentro de mim a sensibilidade de me colocar no lugar do próximo, continuarei na vida pública, ajudar as pessoas sempre foi o meu maior combustível na vida pública, e ajudei muitos, é uma pena que alguns fazem questão de esquecer, mas nunca estendi a mão com a esperança de ser reconhecido, faço porque gosto de ajudar pessoas.
Tive o privilégio de ter sido eleito prefeito por duas vezes de nossa querida Rafael Fernandes, e serei eternamente grato ao povo por isso, minha vida pública iniciou de forma muito precoce, aceitei o desafio para fazer justiça ao meu pai, que foi perseguido, humilhado e merecia dar a volta por cima, ser eleito aos 22 anos prefeito exigiu de mim sacrifícios, e somente Deus e meu coração é conhecedor de minhas renúncias, não me arrependo de ter sido prefeito, sempre foi um privilégio, mas me custou muito, tudo na vida tem o lado bom e o lado difícil.
2008 foi a eleição do meu pai, era a tão sonhada virada, ele começou candidato, mas tive que ir às urnas em seu lugar, enfrentamos uma das campanhas mais duras e bem disputada em nossa terra, vencemos com a ajuda de muito amigos e amigas que acreditaram em nosso sonho e projeto político. 2012 uma campanha difícil, um divisor de águas e ganhamos novamente, foi durante os nossos dois governos que de fato tive a oportunidade de construir e consolidar meu nome como figura pública atuante e decisiva nos rumos de nossa cidade e de nosso povo ao lado de meu pai, porém antes de ter sido eleito prefeito já pude contribuir para o bem estar do povo via associação beneficente Antonio Anastácio onde voluntariamente, acompanhei diversas famílias rafaelenses em tratamentos médicos, levando-as para realização de consultas, exames, cirurgias, sendo socorrista de ambulância e muito mais, foi daí que iniciou meu serviço prestado à Rafael Fernandes.
Já no mandato de prefeito conseguimos inúmeros benefícios para Rafael Fernandes, coisas que por mais que haja intenção de alguns, jamais serão apagados e esquecidas da história, foram inúmeras viagens a Brasília, encontros com Deputados e Senadores buscando benefícios para Rafael Fernandes, destaco aqui o projeto de urbanização da Avenida Egídio Chagas, projeto esse que trouxe beleza, atrativos comerciais, geração de emprego, qualidade de vida e o mais importante, recuperou e elevou a alto estima e orgulho de ser Rafaelense, hoje nossa cidade é tida como uma das mais belas cidades do alto oeste potiguar, mas não é fácil colocar sonhos em prática, os desafios são muitos, e ainda existe a maldade, a inveja e o jogo sujo na política, por todas as dificuldades que passamos e pelo resultado alcançado considero a urbanização da Avenida Egídio Chagas a minha maior contribuição na infraestrutura de Rafael Fernandes, no entanto, o compromisso por Rafael Fernandes não se resumiu a um serviço social por meio da associação, nem o mandato de prefeito, lutei por conquistas para Rafael Fernandes incansavelmente, um de meus últimos atos enquanto prefeito de Rafael Fernandes junto ao Senador Garibaldi no dia 13/12/2016 conseguimos o empenho para a Construção da Praça de Eventos de Rafael Fernandes, e assinei o contrato com a Caixa Econômica para garantir a execução da obra no dia 28 de Dezembro de 2016, um de meus últimos atos enquanto prefeito de Rafael Fernandes, no entanto, considero que meu maior feito enquanto prefeito foi ser bom para as pessoas, uns avaliam que fui bom em exagero, principalmente diante de atos recentes, na tentativa de denegrir a minha imagem, muitos que no passado ajudei, hoje tentam me destruir, mas aquela fama de bom me envaidecia, eu gostava quando as pessoas diziam “Nicó Junior é um caba bom”, “ Nicó Junior não sabe dizer um não”, “Nicó Junior é um caba do povo, sem frescura, humilde”, eu adorava me sentir amado e querido pelas pessoas. Já como ex prefeito articulei junto aos parlamentares do nosso MDB, Walter e Garibaldi, para garantir recursos destinados ao custeio da saúde pública, ambulância e outros benefícios.
e ainda existe a maldade, a inveja e o jogo sujo na política
Já tenho um bom tempo de atuação política em Rafael Fernandes, promovi muitos acertos e também cometi erros, bem menos dos que são covardemente a mim atribuídos, meu pai sempre foi um pilar de sustentação em minha vida, sempre esteve ao meu lado e juntos acertamos e erramos, mas nunca procuramos culpar um ao outro pela falha cometida, sempre nos apoiamos e ficamos lado a lado do início ao fim, até o dia em que Deus o permitiu descansar, no final, acredito que como prefeito acertei mais do que errei, se assim não fosse, não teria sido reeleito prefeito e conseguido contribuir significantemente para a minha sucessão na prefeitura nas eleições de 2016, se 2008 foi a campanha de meu pai, 2016 foi a minha, eu não fui candidato, mas foi meu grande teste, fazer da indicação de meu pai um sobrinho inexpressivo politicamente, sem convívio com o povo, sem serviço prestado, sem características populares marcantes como simpatia e carisma, sem recursos financeiros, nem tampouco crédito, foi realmente uma tarefa quase impossível, mas aceitei o desafio, em primeiro lugar porque foi um pedido de meu pai, o grande líder político, e em segundo havia uma promessa de dar continuidade a um projeto político de longos anos de luta e sacrifícios desde o meu pai nos início dos anos 90, passando por mim de 2008 a 2016, onde buscávamos o melhoramento das ações de impacto na vida das pessoas, dando continuidade ao que estava dando certo, buscando corrigir falhas existentes, mas acima de tudo, manter o respeito por nossos pares, respeito por aqueles que estiveram e acreditaram em nossa luta e nossos sonhos por muitos anos, o acolhimento aos mais necessitados e reconhecimento para as figuras políticas atuantes do nosso PMDB, principalmente Nicodemo Pai e Nicodemo Jr.
mas foi meu grande teste, fazer da indicação de meu pai um sobrinho inexpressivo politicamente, sem convívio com o povo, sem serviço prestado, sem características populares marcantes como simpatia e carisma, sem recursos financeiros, nem tampouco crédito
Confesso que me dediquei a campanha de 2016 muito mais do que as campanhas de 2008 e 2012, lutei mais, arrisquei mais e muito mais, fui o principal articulador político, o coordenador da campanha, aquele que enfrentava tudo pela causa, que ia ao judiciário brigar para não cancelar os títulos dos nossos aliados, aquele que organizava as passeatas, carreatas e comícios mais lindos de todos as campanhas já vistos, aquele que trouxe drone, banho de espuma, os maiores paredões da região, que encheu a cidade e o povo com lindos materiais gráficos e vestidos de verde, aquele que ia a pé junto ao povo descendo a Egídio Chagas, que cumprimentava todas as pessoas no caminho em gesto de respeito as convidava-as para fazer parte de nossa causa, aquele que ajeitava o palanque, soltava fogos quando era preciso e no final ainda tinha fôlego pra fazer um belo discurso e pedi o voto do povo para chapa Bruno e Sergio, nos dias sem manifestações políticas o desafio diário era ir até a casa das pessoas e pedir, “vote neles, vote por mim”, e ainda tentar conseguir dinheiro todos os dias para honrar os compromissos de campanha, em todos os empréstimos adquiridos, sempre colocando algum bem material como garantia, algo forte em comum era estabelecido, eu dizia a todos: “se Bruno perder, ele não ti deve nada, a conta é minha, eu pagarei”, esse foi o Nicó Júnior de 2016, o que acordava mais cedo e dormia mais tarde, o mesmo que os principais beneficiados por seus atos esqueceram, e hoje tentam macular sua imagem de homem público e de coragem.
Hoje, quando vejo alguns aliados do prefeito apontar o dedo, me julgar, e questionar os meus posicionamentos políticos me pergunto: “Quem nesse mundo faria o mesmo o que fiz? Onde estava esses fortes aliados de hoje do prefeito quando foi necessário? Eu carreguei um grande fardo quase sozinho, e muitos desses grandes aliados do prefeito ficaram de braços cruzados esperando que eu conseguisse realizar algum milagre, outros desses que hoje estão abraçados com o prefeito estavam trabalhando para acabar com o meu pai, a mim, derrotar o próprio Bruno nas eleições e destruir todos os nossos anos de trabalho em favor do povo de Rafael Fernandes, Enfim, com muita luta e sacrifícios vencemos mais uma vez em 2016, todos unidos, todos fortes, todos iguais em irmandade.
Hoje, quando vejo alguns aliados do prefeito apontar o dedo, me julgar, e questionar os meus posicionamentos políticos me pergunto: “Quem nesse mundo faria o mesmo o que fiz?
No calor e euforia da vitória inúmeras foram as declarações de gratidão pelos meus atos, diziam que sem mim e minha participação decisiva a vitória seria impossível, o recém eleito prefeito me abraçou e disse em meu ouvido “Obrigado por tudo, preciso de você ao meu lado”, o recém eleito vice prefeito disse em palanque “Jamais esquecerei tudo o que você fez por nós”, até o recém aliado ex vereador admitiu: “Nicó Jr, você não é nada daquilo que me diziam do lado de lá. Você é o cara!”, E meu pai todo orgulhoso assistia todas as manifestações com a certeza que havia de fato preparado o seu sucessor.
“Nicó Jr, você não é nada daquilo que me diziam do lado de lá. Você é o cara!”
Passado alguns dias pós eleição, eu pensei: “Pronto, ganhamos, cumpri minha missão, agora vô dedicar aos meus projetos pessoais, dar mais atenção aqueles que amo, e contribuir pela qualidade de vida de meu pai”.
Engano meu pensar que haveria sossego, eu estava destinado a passar por humilhações, provações e injustiças inimagináveis. O quase já prefeito foi até minha casa, me procurou e me convidou para fazer parte de sua equipe, eu agradeci o convite, mas relutei em aceitar no primeiro momento, era uma preocupacao intuitiva, pois nos municípios onde o ex prefeito tinha muita influência sobre a administração de seu sucessor quase sempre culminava em rompimento, por isso, eu me preocupava e relutava em aceitar qualquer cargo, era algo fora de cogitação para mim, pela ciência de minha participação no processo eleitoral de 2016 e pelos laços familiares com o prefeito eleito, eu não aceitava a ideia de um dia chegar a brigar com o prefeito, no entanto, apesar de minhas ressalvas, com receio dos comparativos de perfis gerar conflitos, aceitei, preferi não ocupar nenhum cargo como ordenador de despesas, já pensando em evitar conflitos, pois sabemos que o dinheiro, gera muitos problemas, e isso eu não queria, eu não admitia possibilidade de brigar com meu primo que tinha lutado tanto para eleger, aceitei ser Chefe de Gabinete, um cargo que me permitiria contribuir mais politicamente do que administrativamente, não indiquei cargos, nem tampouco fiz determinações de cunho administrativo, fiz algumas sugestões quando fui consultado. Pois bem, sempre fui reconhecido por ser um político habilidoso e moderado, achava que tinha encontrado a receita perfeita para estar ao lado do meu sucessor e não entrar em conflito com o mesmo, a receita era ficar ao lado dele, observando e aconselhando os atos de impacto político e não interferir administrativamente, ou seja, deixar o homem governar do jeito dele, aconselhar na política quando necessário, mas, infelizmente nada ocorreu bem, não aconteceu a afinidade esperada, a promessa de união logo foi destruída, para minha decepção e a tristeza profunda de meu pai.
Engano meu pensar que haveria sossego, eu estava destinado a passar por humilhações, provações e injustiças inimagináveis.
Começaram os comparativos, e os problemas começaram a surgir, procurei ser um conciliador, mas em cada ato de sucesso de minha atuação, gerava um desconforto para o prefeito e principalmente para os seus “novos” melhores amigos, então, conversei com meu pai, pedi seus conselhos e orientação, estava angustiado, e já não me sentia bem vindo próximo ao prefeito e seus “companheiros de tantas datas”, acordei com meu pai que me reservaria, na tentativa de evitar conflitos e aguardaria o prefeito manifestar sentir minha falta ao seu lado ou simplesmente aceitar com profunda tristeza a sua indiferença para comigo, então pensei, se ele realmente avaliar que serei importante e útil ao lado dele, ele irá manifestar o desejo de uma reaproximação, se ele não me procurar, é sinal que devo realmente aceitar dolorosamente o seu distanciamento.
Lamentavelmente eu não recebi nenhum gesto de interesse por parte do prefeito, e então após 6 longos meses de um isolamento absoluto do prefeito para comigo, meu pai, me conhecendo mais do que qualquer pessoa nesse mundo, me fez uma ligação e me perguntou: “Como está seu contato com Bruno?”, eu disse: “Não existe! Faz mais de 6 meses que ele não me faz nenhuma ligação pra perguntar se ao menos estou vivo”, meu pai ficou indignado com aquela situação, curiosamente no mesmo dia o prefeito me liga, perguntando como estou e que deveríamos conversar, no mesmo instante sabia eu que aquele ato de me procurar após tanto tempo era uma ação consequente da pressão de meu pai, mesmo assim aceitei conversar, e tivemos uma longa conversa, eu, o prefeito e meu pai, nessa conversa eu deixei claro o motivo das minhas insatisfações e que ele (o prefeito) estava influenciado por sentimentos negativos como o ciúme, e a falsa ilusão do poder, o mesmo admitiu que tinha falhado em se distanciar de mim, em não demonstrar empatia para com minha pessoa, mas que era muito grato a mim e que essas falhas eram frutos de sua personalidade não muito atenta aos detalhes e desleixado, não guardei nenhum rancor, mas pedi um pouco mais de respeito e gestos de gratidão por tudo que fiz por ele, e ficou acordado que as coisas iriam mudar, infelizmente nada mudou, tivemos momento de distanciamento e tentativas de reaproximação, situações que geravam decepção, mas não impedia uma futura aliança política, só me trazia questionamentos a respeito de minha participação e empenho em outra eleição.
deixei claro o motivo das minhas insatisfações e que ele (o prefeito) estava influenciado por sentimentos negativos como o ciúme, e a falsa ilusão do poder
Me senti desvalorizado, mas sempre confiei nas decisões de meu pai e tinha certeza que o mesmo saberia estabelecer e definir as coisas para o futuro, que tudo no final poderia ser superado. Diante das tentativas frustradas de aproximação, sentimento de mágoa, e não me sentir útil ao lado do prefeito decidi me dedicar mais e cada vez mais estar ao lado do meu pai, muito mais que politicamente, muito mais que um filho, nos tornamos ainda mais amigos, confidentes, respeitosos, tolerantes, chegamos a um nível de aproximação incrível, digo até providencialmente divino, cumpri um ritual diário e dedicado de todos os dias ir ate a casa de meu pai, me trancar com ele no quarto e conversarmos sobre tudo, sobre a política, vida, família, sonhos, desejos, angústias, alegrias e tristezas, enfim, conversávamos sobre tudo, ríamos e chorávamos juntos.
Diante das tentativas frustradas de aproximação, sentimento de mágoa, e não me sentir útil ao lado do prefeito decidi me dedicar mais e cada vez mais estar ao lado do meu pai, muito mais que politicamente, muito mais que um filho, nos tornamos ainda mais amigos, confidentes, respeitosos, tolerantes, chegamos a um nível de aproximação incrível
Isso tudo foi um privilégio, uma relação tão pura e verdadeira entre pai e filho. Como todos sabemos, o estado de saúde de meu pai se agravou e a essa altura eu já não me importava mais se o prefeito tinha alguma ou nenhuma consideração por mim, tudo o que eu queria era conviver ao lado do meu pai o maior tempo possível, mas enquanto estava ao lado deu meu pai na angústia e sofrimento pelo avanço da sua doença, fiquei fragilizado, o prefeito e seus aliados aproveitaram essa lacuna e promoveram muitas tentativas de destruição de minha imagem política, fiquei verdadeiramente furioso com o discurso adaptável do prefeito de acordo com suas conveniências, quando o mesmo estava diante de um aliado tradicional nosso, seu discurso era que estava ao lado do meu pai diariamente buscando a solução para os conflitos de nossa terra e que estava tudo bem comigo, quando sua aproximação era com um adversário histórico, seu discurso era que meu pai não era mais nada e que eu não tinha do que reclamar, muitos foram os relatos e testemunhos dessa postura covarde do prefeito, o mesmo, chegou a dizer publicamente que antes dele nenhum gestor havia olhado com bons olhos para Rafael Fernandes, a vaidade, a ganância e desrespeito ao passado passou a predominar nas colocações do prefeito, muitas palavras desrespeitosas foram ditas pelo prefeito e seus principais aliados, foi dito que eu e meu pai desviamos dinheiro público, foi dito que eu e meu pai éramos responsáveis por inúmeras mazelas a Rafael Fernandes e nossa família, e muitos outros absurdos proferidos. Era interessante para o prefeito demonstrações públicas de nossa união, para tirar foto ao lado de meu pai e ao meu lado era uma maravilha, mas no dia a dia o desprezo era algo indisfarçável, quando o mesmo proferia discursos em público, raras eram suas citações ao nome de meu pai, e a mim nem se fala, aparentava que ele era uma ruptura na política feita até os dias atuais, parecia um discurso de quem ganhou na oposição, tudo muito lamentável, todo esses fatos de conhecimento meu e de meu pai, mesmo assim, preferimos não promover conflitos e aguardar gestos de gratidão.
muitos foram os relatos e testemunhos dessa postura covarde do prefeito, o mesmo, chegou a dizer publicamente que antes dele nenhum gestor havia olhado com bons olhos para Rafael Fernandes, a vaidade, a ganância e desrespeito ao passado passou a predominar nas colocações do prefeito
Infelizmente meu pai faleceu, sinto sua falta todos os dias de minha vida, não há ninguém no mundo que sinta sua falta mais do que eu, e para não ser injusto com os demais que o amavam, digo que talvez sintam tanto quanto eu, agora mais do que eu ninguém senti. Era pura e verdadeira a nossa relação de amor, confiança e dedicação mútua, era visível aos olhos de todos. Mas antes de meu pai morrer, suas preocupações com o futuro político e familiar só aumentavam, com o avanço de sua doença, o mesmo, muitas vezes me revelava ter receio de não conseguir “resolver tudo” como ele costumava falar, para acalmar o seu coração eu dizia que tudo ia se resolver e que ele não deveria mais ter essas preocupacões e deixasse para nós que éramos jovens resolver.
Infelizmente meu pai faleceu, sinto sua falta todos os dias de minha vida, não há ninguém no mundo que sinta sua falta mais do que eu, e para não ser injusto com os demais que o amavam, digo que talvez sintam tanto quanto eu, agora mais do que eu ninguém senti
Ele manifestou intimamente e em público o seu desejo que eu pudesse lhe suceder na liderança da família e do grupo político, eu sempre dizia a ele que só voltariam a me dar valor quando perdessem uma eleição, pois ultimamente tinha muita gente de salto alto, a soberba hoje predominava, e que a essência e valores defendidos como humildade e consideração estavam esquecidos, por último, próximo do fim de sua vida eu vendo que a angústia e aflição dominavam o coração de meu pai perguntei, o que ele realmente desejava que eu fizesse, ele me pedia para ser candidato a prefeito em 2020, seu filho e meu irmão caçula Benilton foi testemunha de toda a nossa conversa, eu disse a ele que pretendia ser novamente candidato a prefeito um dia, mas não em 2020, não naquelas circunstâncias, e que esperava e confiava nele para conseguirmos uma solução para unir o grupo verdadeiramente, tinha fé que ele estaria vivo para tomar essa decisão, mas na avaliação dele, eu seria o nome que uniria os extremos e encerraria o conflito e ruptura inevitável entre o prefeito e o presidente da Câmara, ambos do mesmo partido, ambos familiares, ambos cria política de meu pai. Pedi a ele que tentasse o projeto de reeleição do prefeito, mas que eu, por questão de princípios não teria uma participação equivalente a de 2016, que buscasse uma conciliação com o presidente da Câmara, Mas se as coisas não caminhassem para um entendimento completo nós deveríamos procurar um caminho que garantisse a nossa vitória e a continuidade de seu legado. Assim meu pai orientou, que buscássemos um entendimento, não foi contrário a reeleição do prefeito atual, mas na mesma oportunidade colocou um expressivo “Se”. Ele foi bem enfático e disse “se tudo ocorrer bem, vamos por esse caminho”.
eu seria o nome que uniria os extremos e encerraria o conflito e ruptura inevitável entre o prefeito e o presidente da Câmara, ambos do mesmo partido, ambos familiares, ambos cria política de meu pai. Pedi a ele que tentasse o projeto de reeleição do prefeito, mas que eu, por questão de princípios não teria uma participação equivalente a de 2016, que buscasse uma conciliação com o presidente da Câmara, Mas se as coisas não caminhassem para um entendimento completo nós deveríamos procurar um caminho que garantisse a nossa vitória e a continuidade de seu legado.
Meu pai não viveu o suficiente para resolver tudo como gostaria e por um fim a todos os conflitos, na semana que meu pai faleceu eu não me permitir viver meu luto, procurei o prefeito e dentro de mim resolvi passar uma borracha nos problemas do passado, tentar a união e promover o sentimento de segurança no povo Bacurau, que naquele momento se sentiu um órfão desamparado pela morte de seu principal expoente, patriarca e líder, fui por varias dias a casa de meu pai, o Porto Seguro do povo de Rafael Fernandes, atendi as pessoas que lá estiveram, tentei oferecer conforto e demonstrar que o legado de Nicodemo iria continuar pelas mãos de todos nós que o amávamos e admirávamos, convidei o prefeito, liguei e pedi que ele fosse despachar junto comigo na casa de meu pai, para que essa demonstração de união fosse algo importante para o povo, finalmente resolveríamos as angústias de meu pai em vida, às vezes que chamei, ele realmente foi, mas senti um clima indiferente, incômodo, e algumas declarações de insatisfação e mais uma vez fiz um teste de confiança, nas semanas seguintes eu continuei indo a casa de meu pai diariamente, mas resolvi não mais “forçar” a ida do prefeito, não convidei, não liguei e aguardei que o mesmo manifestasse intenção em darmos continuidade ao que estávamos fazendo, despachar juntos na casa de meu pai ou em qualquer outro ambiente, mais uma vez não foi surpresa pra mim, o prefeito não me fez uma ligação para saber onde eu estava, o que estava fazendo e se estava precisando de mim, fiquei irritado, mais uma vez desrespeitado, desprezado, excluído e jogado de lado, resolvi ir até os líderes do partido no estado, partilhar os fatos políticos, pedir orientação e ajuda para tomar uma decisão, e me disseram que me acompanhariam em qualquer decisão minha, reuni alguns familiares, externei minhas angústias diante da desvalorização e ingratidão do prefeito, resolvi ir até a casa do povo, falar algumas coisas que estavam acontecendo e sentir o que as pessoas achavam de tudo isso, os defensores do prefeito me diziam que eu tinha razão de estar decepcionado, mas queriam que eu esquecesse as mágoas e que tentasse unir o grupo, como era o desejo de meu pai, os que tinham alguma ressalva contra o prefeito me aconselhavam a ser candidato ou lançar um nome que tivesse respeito por mim, a partir do momento que resolvi fazer algumas visitas e dar minha versão dos fatos o prefeito me procurou como nunca antes nesses últimos anos, nesse intervalo de tempo com a definição do pré candidato de oposição Sigmá escolhido pelos bicudos, Jorio, vereador e presidente da Câmara, toma uma decisão unilateral e se auto proclama candidato a prefeito, o mesmo não me procurou para consultar a minha opinião sobre sua decisão, simplesmente declarou em público que era candidato, o prefeito de imediato me procurou e me questionou sobre a possível candidatura de Jório, que o vereador iria fundar um novo partido e contava com meu apoio para ser candidato, eu disse que não tinha sido consultado sobre isso e que garantia que era impossível haver meu apoio para um candidato que não fosse do MDB, que ele (prefeito) tinha o direito jurídico de reeleição, no entanto, eu mesmo não me sentia entusiasmado e confiante em lançá-lo como candidato a prefeito devido suas atitudes e de seus principais aliados desrespeitosas para comigo, e que tudo dependeria dele e mais uma vez de seus atos dali pra frente, na mesma conversa o prefeito sugeriu a divisão do partido entre eu e ele, mas que ele deveria ter o controle sobre o partido, eu de pronto neguei, disse que o partido era a única ferramenta que me possibilitaria atualmente ter um certo poder de decisão político, que já tinha “dado” uma prefeitura a ele e não poderia abrir mão do partido, que o controle do partido por mim também havia sido um pedido de meu pai, o prefeito também anunciou que romperia definitivamente com Jório, eu manifestei que essa era uma decisão dele e o alertei para as consequências, por fim, ele me revelou que não sentia segurança quanto o meu apoio à candidatura dele e me “pediu” uma declaração pública de apoio a ele, eu afirmei mais uma vez que tudo dependeria das atitudes dele e que se ele passasse a agir de forma mais respeitosa comigo naturalmente haveria essa declaração pública de apoio a sua candidatura.
Nesse momento já estava mentalmente exausto, quem não estava pra muito diálogo era eu, me cansei de fazer tentativas, “lavar roupa suja” na esperança que as coisas melhorassem e nada acontecer, no entanto, avaliei o cenário e disse a mim mesmo, como bom político, deveria abrir margem ao diálogo novamente, e resolvi conversar, iniciamos uma série de conversas, nas quais eu sempre deixei claro que preferiria uma união de todo o grupo, incluindo Jorio, e que esse sentimento era partilhado por muitas pessoas, que a candidatura de Jorio, teria como pilar de sustentação o mesmo público nosso e que estrategicamente não avaliava com bons olhos esse rompimento, mas que no final a decisão seria dele de enfrentamento nas urnas em 2020, nos próximos encontros e diálogos com o prefeito, busquei identificar suas verdadeiras intenções, seus planos e sua visão do cenário político, uma constatação logo percebi, que os antigos bicudos, hoje grande e queridos aliados do prefeito exerciam sobre ele uma forte influência e que a ideia prevalecente de muitos desses era que os rompimentos eram necessários, até mesmo comigo, fiquei com elevada preocupacao diante do agora desejo do prefeito em romper com todo o qualquer cidadão que não manifestasse apoio imediato ao seu projeto pessoal de poder, mesmo assim, procurei ser habilidoso, disse ao prefeito que deveríamos esgotar todas as tentativas de acordo, e que talvez fosse necessário formar novos acordos, equilibrar forças, fazer o que fosse necessário para manter o grupo unido para que tivéssemos sucesso em 2020 e condições reais para o futuro pós 2020. Disse ao prefeito que deveríamos abrir mão de algumas coisas, desapegarmos de vaidade em prol da união do grupo, fiz algumas perguntas avaliativas e comecei a colocar minha mente para trabalhar, perguntei ao prefeito como era sua relação com vários agentes políticos, inclusive com o vice, ele disse que era muito boa, ele me disse que apesar da relação boa com seu vice não tinha compromisso com ele para uma possível candidatura para 2020 ou mesmo 2024 e que o mesmo não demonstrava ambição alguma. O prefeito sempre deixou claro a mim que sentia uma insegurança profunda com relação ao legislativo, que Jorio era detentor de um verdadeiro domínio na câmara e que esta situação o deixava por demais preocupado, foi então que fiz uma sugestão.
perguntei ao prefeito como era sua relação com vários agentes políticos, inclusive com o vice, ele disse que era muito boa, ele me disse que apesar da relação boa com seu vice não tinha compromisso com ele para uma possível candidatura para 2020 ou mesmo 2024 e que o mesmo não demonstrava ambição alguma
Em 2016, Sérgio havia manifestado intenção de ser candidato a vereador, e acabou sendo vice por convite de meu pai, pois bem, como não havia nenhum compromisso pré estabelecido para 2020 no executivo, sugeri uma mudança no cenário político, que o prefeito convidasse Sérgio para ser candidato a vereador em 2020, como o mesmo queria ser em 2016, com o compromisso de lutar para elegê-lo presidente da Câmara, pela relação de confiança entre ambos, em um gesto de desapego político, Sérgio seria o equilíbrio que Bruno tanto buscava para governar com tranquilidade pelos próximos quatro anos, em contrapartida Jorio seria convidado para ser seu vice, desde que as diferenças do passado fossem superadas e que Jorio não indicaria ninguém ligado diretamente a ele para o cargo de vereador, enfim, na minha avaliação fiz uma proposta de equilíbrio de forças, e para minha surpresa Bruno me disse que já havia pensado nessa possibilidade, mas que hoje achava difícil a viabilidade, disse a ele que poderíamos tentar, o grande problema era que sempre que eu e o prefeito concluíamos qualquer diálogo eu verificava um amontoado de novos aliados o cerca-lo como urubus sobre a carniça e passavam a sustentar uma teoria da conspiração, entre eu, Jorio e tantos outros para lhe tirar do poder, foi somente nesse período que passei a conversar com Jorio, e estudar se seria aceita ou não por ele uma vaga de vice prefeito, mas Jorio também sempre se mostrou muito resistente a uma aliança com o prefeito, que se o prefeito fosse candidato ele seria contra e que apoiaria qualquer um, menos Bruno, mesmo diante dessa negativa continuei a tentar o diálogo com Jorio, tentando ver se realmente era possível ele desistir de ser candidato contra Bruno, não foi surpresa quando em pouco tempo o prefeito me disse que essa possibilidade não era possível única e exclusivamente por que não confiava mais em Jorio e não gostaria de fazer aliança com ele, eu respeitei sua decisão e seguimos adiante pensando em soluções para os diversos conflitos, foi então, que começou uma pressão sobre o prefeito para demitir Desi, minha irmã e secretaria de saúde e outros cargos de indicação de Jorio no executivo, eu disse que se realmente não havia mais possibilidade de aliança com Jorio era natural que algumas situações fossem revistas, manifestei preocupacao na especulação da demissão de Desi da pasta da saúde, por ser esposa de Jorio, e fiz uma ponderação ao prefeito, disse que antes dela ser esposa de Jorio ela era filha de Nicodemo e minha irmã então deveríamos ter muita cautela e respeito diante dessa realidade, afinal, o cargo de minha irmã tinha sido uma indicação de meu pai e não de Jorio, ele me disse que não tinha nada contra Desi e que até tinha uma boa relação com ela, que a amava como prima, mas estava pressionado por seus aliados a demiti-la, foi então, que fiz uma nova sugestão ao prefeito, disse a ele que em vez de Desi ser o fator que nos dividiria, seria na realidade o elo entre todos nós, a solução para os nossos conflitos presentes e futuros, sugeri que colocássemos Desi na chapa de vice, ela iria me ajudar junto ao marido e seria improvável que o mesmo não a apoiasse como vice prefeita, Sérgio iria então ser vereador e presidente da Câmara como antes pensado, eu iria abrir mão de ser candidato a prefeito em 2024, pois Desi como vice me impossibilitaria juridicamente de ser candidato, em contrapartida um provável conflito para ser candidato em 2024 entre eu e Jorio seria eliminado totalmente, pois os dois estariam impossibilitados de serem candidatos, Desi como vice, seria a candidata natural para 2024 e teríamos um representante direto de Nicodemo como prefeita futura. O prefeito só me fez um questionamento: “O que você vai ganhar com isso?” Eu disse: “nada, apenas a certeza que fiz de tudo para manter o grupo unido assim como era o desejo de meu pai”, eu tinha consciência que pela legislação atual se lançássemos Desi candidata à vice e provavelmente a prefeita em 2024 eu só estaria desimpedido para concorrer a algum cargo público em Rafael Fernandes em 2036, ou seja, era provável que eu não mais fosse candidato em Rafael Fernandes, estava abrindo mão de meu desejo pessoal e do sonho de meu pai. Então ficamos acordados, eu conversaria com Jorio e Bruno conversaria com Sérgio, para juntos tentarmos uma união definitiva do nosso grupo político. Em meu diálogo com Jorio a recusa foi total, a mesma coisa aconteceu entre Bruno e Sérgio, cheguei à conclusão que havia esgotado todas as possibilidades de união, mas estava satisfeito com meu desempenho, pois tinha convicção que tentei de tudo o que era possível. Não tentei prejudicar ninguém, apenas fiz sugestões e não imposições, na tentativa de equilibrar as forças políticas.
O assunto a ressurgir foi a demissão da secretaria de saúde, a sua saída da pasta, eu concordei com o prefeito que diante da impossibilidade de diálogo com Jorio realmente era insustentável a permanência de Desi a frente da pasta, tendo seu marido candidato de oposição ela ficaria exposta e sujeita a muitos constrangimentos, pois a mesma já enfrentava pré julgamentos e comentários maldosos a seu respeito, comecei então a procurar um melhor acordo e um entendimento com o prefeito para saída de minha irmã, mas o prefeito, incentivado por seus principais aliados queria a todo custo a saída imediata de minha irmã, foi então que o prefeito me convidou para assumir a pasta de minha irmã, e eu de imediato disse que não havia intenção de assumir a pasta ocupada por ela em circunstâncias tão polêmicas e que isso poderia me trazer problemas pessoais com a mesma, essa possibilidade não me agradava em nada, sempre nutri um amor sublime por minha irmã Desi, tenho admiração enorme por ela, e a ideia de um dia magoa-la é algo impensável para mim, solicitei ao prefeito que aguardasse Desi chegar de viajem, pois a mesma estava cirurgiada e assim que ela retornasse nós levaríamos o assunto até ela e juntos nós 3 iríamos buscar uma melhor saída e substituto para a secretaria de saúde, continuei a conversar com o prefeito, ele me questionou se eu tinha algum nome em mente para substituir a minha irmã, eu disse que estava pensando, mas que a opinião de Desi para mim seria decisiva, logo em seguida o prefeito disse que havia pensado no nome da esposa do vice prefeito, até aquela data secretaria de assistência social, eu não manifestei nenhum comentário acerca do nome, nem concordava, nem discordava, apenas disse que deveríamos conversar com minha irmã antes de qualquer decisão. Nesse momento já percebi a inclinação do prefeito em escolher a substituta de minha irmã, e que minha opinião e tampouco de minha irmã não era bem vinda ao prefeito, mesmo assim, fui cauteloso e aguardei o acontecimento das fatos, ansioso pelo retorno de minha irmã, fiquei em contato com a mesma por telefone e disse que as coisas estavam caminhando de forma desagradável e tinha a intuição que logo haveria mais um gesto desrespeitoso e que estava cansado e não iria mais admitir ser tratado sem o mínimo de consideração, afinal, a secretaria de saúde sempre teve um olhar decisivo de nosso pai e esperava que pudéssemos ainda poder contribuir com a pasta. Foi quando fui informado de uma reunião na casa do prefeito, a verdadeira reunião aconteceu um dia antes do desfecho dos fatos, o prefeito passou horas em conversa com seus principais aliados e conselheiros, achei estranho não ter recebido convite para uma reunião política, afinal estávamos em diálogo quase diariamente nos últimos tempos, no final do dia recebi uma ligação do prefeito me informando e convidando para uma reunião em sua casa no dia seguinte, achei tudo muito estranho e nebuloso mas disse que iria sem nenhum problema, passei o restante do dia com uma grande inquietação, senti que algo estava errado, comecei a fazer uma reflexão sobre as atitudes e colocações do prefeito e senti que as coisas estavam erradas, no dia seguinte, dia da famosa reunião, essa agora com plateia, liguei para o prefeito cedo, e perguntei se estava tudo bem, como seria a pauta da reunião e se existia algum fato novo. Ele me disse que precisávamos conversar, eu disse tudo bem, podemos nos encontrar na casa de meu pai. Estava sentado na mesa de meu pai e chegou o prefeito, seu irmão e o ex vereador do lado de lá. Fui surpreendido por um texto que circulou na cidade falando sobre a construção da casa do prefeito e outras irregularidades, o prefeito me disse que o povo não tava nem aí para o material que havia sido distribuído pela cidade e já estava empolgado para a reunião e carreata mais tarde. E questionei, o que havia de comemorar mais tarde, afinal estávamos perdendo de nossa base de apoio 4 vereadores, companheiros de lutas do passado e isso não era algo a ser comemorado, foi quando fui surpreendido, o prefeito me disse que havia tomado uma decisão e que faria o anúncio de substituição de minha irmã, nesse instante o sangue me subiu pela cabeça e disse que ele não tinha consideração por mim e que pra mim as coisas estavam definitivamente claras, ele não só desejava romper com os vereadores, também queria romper comigo, tivemos uma discussão acalorada, e ele simplesmente disse que eu não havia tomado uma decisão e não ia esperar uma vida toda pelo retorno de Desi, minha irmã Adriana ficou revoltada e quis entrar no conflito, eu percebi que não adiantava, no meio da discurssão senti que era em vão argumentar com alguém com intenções contrárias definidas. Disse que a partir daquele momento ele seguiria o caminho que ele achasse que era certo. Esse foi o fim de nossa união política e familiar, no início da noite recebi notícias do evento promovido pelo prefeito, fui acusado subliminarmente de tentar puxar o tapete do vice, mal sabe ele que o seu prefeito endossou uma sugestão que fiz, mas que provavelmente não teve coragem de admitir e colocou a culpa toda em mim, por isso não culpo o vice por essa visão equivocada dos fatos. O desfecho do evento foi o prefeito dizer que era forte e que sairia em carreata para comemorar. Foi comemorado a saída de 4 vereadores e de um ex prefeito, mas não de qualquer ex, foi a saída daquele que derramou seu suor, sangue e lágrimas para eleger Bruno e Sérgio.
Poucos dias após o rompimento, minhas irmãs Marcia e Desi estiveram com o prefeito, na oportunidade Marcia entregou seu cargo como médica contratada pela prefeitura, e os últimos acontecimentos no cenário político foi o tema principal da conversa. O prefeito covardemente disse diante de minhas irmãs que meu Pai havia sido falso com ele, pois o seu desejo era que eu fosse candidato, e que ele deveria ter rompido a muito tempo, a reação de minhas irmãs foi de indignação e Marcia respondeu que nosso pai tinha uma profunda decepção para com ele devido suas atitudes individualistas, principalmente pela sua indiferença para comigo, que nosso pai tinha suas razões, mas que nunca havia sido falso, pelo contrário só havia ajudado o mesmo. Mais uma vez foi revelado as ideias predominantes na cabeça do prefeito, o mesmo acabara de deixar escapar suas reais intenções e mais uma vez foi desrespeitoso com a memória de nosso pai. A grande e incontestável verdade é que juntos, eu e meu pai ajudamos muito aquele cidadão e proporcionamos muitas oportunidades em sua vida, ele retribuiu a tudo com ingratidão, não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda que lhe foi concedida.
Hoje consigo falar sobre os fatos de forma transparente, pois a raiva não prevalece em meu coração, consigo analisar de forma racional o desfecho de todos os fatos. Infelizmente meus queridos amigos, avalio que o ciúme, a inveja, aliada a falta de empatia e gratidão de Bruno foram os fatores determinantes nos tristes acontecimentos políticos de Rafael Fernandes, mas infelizmente já estavam fadados a acontecer mais cedo ou mais tarde. Para aqueles que vivem por aí falando que eu não tinha do que reclamar, está aí a realidade dos fatos, e os mesmos que pregavam por aí que Bruno me dava 5, 10, 15 e muito mais por mês, e eu estava insatisfeito de barriga cheia, convido a fazer uma visita em minha casa e comprovarei que nada me foi dado, revelarei a fortuna por traz das eleições de Bruno e Sérgio em 2016 e que os números são bem superiores aos que retornaram a mim. Acredito na política feita com empatia, não essa politicagem desqualificada e deplorável praticada nos últimos meses pelo prefeito e seus seguidores, onde verificamos escancaradamente o leilão de cargos e salários em troca de apoio político.
Por fim, Acredito na política que ajuda pessoas e não na politicagem que compra pessoas, pretendo participar ativamente dos próximos pleitos políticos em Rafael Fernandes, não estou me declarando candidato, nem lançando candidato ou candidata, tudo isso no momento oportuno, em diálogo com todos os nossos amigos. Sinto o dever de participar das atividades políticas, principalmente pela forma deplorável e imoral que usam a imagem de meu pai e tentam deturpar seus posicionamentos políticos, pois sou o verdadeiro herdeiro político de Nicodemo, o verdadeiro Bacurau, o detentor do 15, e lutarei para defender a bandeira verde, combaterei um projeto de poder e ambição pessoal, junto a uma busca desenfreada pelo enriquecimento ilícito.
Portanto, após o esclarecimentos de tantos fatos políticos, devemos fazer uma profunda reflexão, se o prefeito fez o que fez comigo, o que não fará com o povo quando não mais precisar dele? Fico entristecido com certas atitudes e pronunciamentos de pessoas hoje beneficiadas pelo poder, que até ontem viviam a me bajular agarrados as tetas da prefeitura, não as julgo, apenas lamento, do mesmo modo, fui abandonado por muitos que nutri por anos sentimentos de respeito e consideração, inclusive familiares, faltam com respeito a minha figura política e ferem minha dignidade com ações vergonhosas, em contrapartida testemunho apoio, respeito e solidariedade de muitos, principalmente daqueles mais humildes, muitos até me surpreendem com suas mensagens e palavras de apoio e carinho. Portanto amigos e amigas, por mais que alguns tentem me rotular de traidor, eu sim fui o traído desde o início, nós seres humanos somos inclinados a maldade e sentimentos ruins, uns mais e outros menos, o que define a prática de uma atitude ruim é ter ou não Deus no coração, infelizmente isso se revelaria mais cedo ou tarde pois a ambição e a maldade se instalaram no coração de meu sucessor quando o mesmo sentiu o gosto do poder.
Faço minha política com muita verdade, transparência e sentimento. Essas palavras são destinadas as pessoas de bem de nossa terra, independente de sua bandeira partidária, divido aqui com vocês o meu testemunho do que vivi e vi na política de Rafael Fernandes, seguirei meu caminho com Deus no meu coração, lutarei pelo o que acredito, me defenderei das injustiças e perseguições que sofro, e espero que a verdade prevaleça.
Nicodemo Júnior
Rafael Fernandes / RN, 01/11/2019