O Rio Grande do Norte viveu nas últimas 24 horas momentos de muita violência, na capital e no interior. Da manhã da terça-feira até a manhã desta quarta-feira (17), 18 pessoas morreram assassinadas no Estado, seis dessas vítimas estavam em uma residência na cidade de Serra do Mel, distante 253 quilômetros de Natal, quando foram atingidas por tiros.
De acordo com os dados do Instituto Técnico-Científico de Perícia e o levantamento do OBVIO (Observatório da Violência Letal Intencional no RN), os crimes ocorreram ainda nos municípios de Macaíba (2), Macau (1), Ceará-Mirim (2), Currais Novos (1), São José de Mipibu (1) e Natal (5). Em dois dos casos, as vitimas foram mortas por arma branca e uma terceira carbonizada.
Segundo o estudioso e pesquisador Ivênio Hermes, as ações violentas estão se tornando cada vez mais cruéis. “A ausência do Estado dá espaço para que crimes cada vez mais cruéis comecem a ser perpetrados no Rio Grande do Norte. Excetuando as mortes e os desaparecimentos de Alcaçuz, crimes que aconteceram sob a tutela protetiva do Estado, do lado de fora já temos quatro chacinas em 2017 e dois assassinatos com características extremamente cruéis: uma decapitação em via pública e uma carbonização em pneus, método de tortura e ocultação de cadáveres conhecida como “micro-ondas”.
Hermes relata ainda que os números do OBVIO apontam uma possibilidade já esperada, o contador de crimes pode chegar ao milésimo caso ainda neste mês de maio. Até às 10h desta quarta, 935 assassinatos faziam parte da estatística, nesse mesmo período no ano passado eram 722.
Portal BO