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‘Ele é PM e tinha que defender vidas, mas não fez’, diz mãe de lutador assassinado sobre julgamento de acusado

Soldado Moisés Gonçalo será julgado nesta terça-feira (13), em Natal, por participação na morte do lutador de MMA Luiz de França, em 2014.

A mãe do lutador de MMA Luiz de França Souza Trindade, de 25 anos, Auta Maria Pedroza de Souza declarou que espera que o soldado da Polícia Militar Moisés Gonçalo do Nascimento, de 44 anos, seja condenado pela morte do filho dela. O PM será julgado nesta terça-feira (13) por participação no assassinato, em fevereiro de 2014.

De acordo com a acusação, o soldado Moisés teria conduzido uma motocicleta e dado fuga ao tenente da PM Iranildo Félix, apontado como autor dos disparos que mataram a vítima e que em dezembro de 2015 foi encontrado morto dentro do 5º Batalhão, onde estava preso.

“Toda mãe e todo pai quer sentir as dores dos seus filhos. Eu sinto os tiros que meu filho sofreu. É muita devastação. Eu nunca mais fui a mesma depois que meu filho morreu. Inclusive, tenho um filho mais novo, hoje com 13 anos, que precisa de mim e eu não sou uma mãe completa, porque não consigo mais ser a mesma pessoa”, declarou Auta Maria.

Sobre o julgamento do soldado Moisés, ela afirmou que espera a condenação. “Eu espero que a justiça seja feita pois ele é um homem que tinha plenas condições. Era um policial que tinha que defender vidas, mas não fez, o que fez foi conduzir o criminoso que matou meu filho. Hoje, ele está encenando uma situação que não é verdade. Eu nunca vi isso de uma pessoa com problemas mentais ficar mais de três anos internados, sem nenhuma revisão de laudo. Ele deveria estar preso em uma cadeia”.

A mãe do lutador Luiz de França também falou sobre declarações da advogada Kátia Nunes, que defende o soldado Moisés. “Ela disse que nossa família tem dinheiro e terá muitos advogados contra o cliente dela. Isso me chateou muito. Não tem dinheiro no mundo que pague a dor de ter perdido meu filho. Eu daria tudo para tê-lo de volta. Ou a advogada não tem qualificação para defender o réu ou está tendo atitude muito mesquinha”, afirmou.

Auta Maria ressaltou que pretende acompanhar o julgamento do acusado de participação na morte do filho. “Eu vou tentar acompanhar, mas não sei se vou conseguir, ainda mais por essas atitudes de falta de respeito por parte da advogada. Meu filho, realmente, tinha tudo de bom, que Deus permitiu que ele tivesse, mas nunca foi acomodado. Preferiu ir trabalhar, construir a carreira dele, e foi interrompido de maneira covarde e cruel, simplesmente por querer fazer seu trabalho bem feito”.

As investigações do homicídio apontaram que a morte de Luiz de França foi motivada por um desentendimento entre o tenente Iranildo e o lutador durante treinamentos que ambos faziam na academia.

Defesa

Moisés foi preso no dia 6 de maio de 2014. Passou algum tempo detido no Comando Geral da PM, mas logo foi internado no Hospital Psiquiátrico Professor Severiano Lopes (antiga Casa de Saúde Natal), onde permanece até hoje.

A defesa do soldado acredita na inocência dele. A advogada Kátia Nunes alega que a acusação não possui nada que comprove a presença do soldado no local do crime. “Vamos defender a tese de que Moisés não tem nenhum envolvimento no assassinato”, afirma.

Insanidade mental

Ainda de acordo com a advogada, um laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) declarou que o soldado é semi-imputável, ou seja, parcialmente capaz de responder pelos próprios atos. “Moisés está internado já tem mais de 3 anos em uma instituição psiquiátrica. Neste período, ele já tentou se matar enforcado duas vezes”, disse Kátia Nunes.

“Vai ser um júri muito técnico e polêmico, pois a família da vítima tem um poder aquisitivo significativo com vários advogados na assistência”, acrescentou a advogada.

Lutador Luiz de França foi assassinado em Natal, após desentendimento em academia (Foto: Artur Dantas)

One Comment

  • Marcelo Pinto

    Agora tá certo!!!
    Politico rouba e não vai preso porque tem dinheiro
    O marginal mata e não vai preso porque não tem dinheiro.
    Valeu doutora.

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