O dólar à vista acelerou a queda ante o real na manhã desta quinta-feira, logo após a divulgação de novos dados de inflação e de emprego nos Estados Unidos, em sintonia com o movimento da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes ou exportadores de commodities no exterior.
Às 9h58 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,92%, a 4,8612 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,82%, a 4,8805 reais.
O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,2% em julho, em linha com a projeção de economistas ouvidos pela Reuters. Já os pedidos de auxílio-desemprego somaram 248 mil na semana passada, acima da estimativa de 230 mil dos economistas.
Após a divulgação dos dados, o dólar à vista acelerou as perdas ante o real e chegou a cair 1%, em movimento paralelo à queda maior da moeda norte-americana ante divisas fortes e em relação a algumas moedas de países exportadores de commodities.
De acordo com Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos, a aceleração da queda ocorreu porque o número de inflação veio em linha com o esperado pelo mercado, reforçando a leitura de que o Federal Reserve pode não elevar mais os juros em 2023.
Além dos dados norte-americanos, os investidores aguardam nesta manhã pela participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sessão do Senado, a partir das 10h. A expectativa é por novas indicações sobre o futuro da política monetária no Brasil, após o BC ter cortado, na semana passada, a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, sinalizando novas reduções de meio ponto nos próximos encontros.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9065 reais na venda, com alta de 0,17%.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 16.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de outubro de 2023.