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Conselho de Economia se posiciona sobre lei que concede o 13º salários e férias retroativas aos deputados estaduais

Através de artigo redigido pelo economista Ricardo Valério, vice-presidente do Conselho Regional de Economia – CoreconRN, a entidade expôs o seu posicionamento com relação a promulgação da Lei que passa a conceder o 13º salários e férias retroativas aos deputados estaduais do Rio Grande do Norte. Para o Corecon, os parlamentares protagonizaram a mais “absoluta falta de sensibilidade política, e um desrespeito aos mais de 100 mil servidores ativos e inativos do Estado”.

No artigo, que está sendo veiculado no site da instituição, o Conselho questiona se a promulgação da lei tem amparo moral, ético e está dentro dos princípios da razoabilidade.

O Conselho de Economia sugere que os parlamentares só façam uso do benefício concedido, após a situação de atraso de pagamento dos servidores ser sanada. “O mínimo que os senhores deputados tenham a sensibilidade de somente gozar dos referidos benefícios, após todos os salários em atrasos serem colocados em dia e, que o decreto de calamidade Financeira seja revogado, a partir da retomada, se Deus assim permitir, do equilíbrio fiscal do RN”, diz o artigo.

Leia abaixo na íntegra o posicionamento do Conselho de Economia do RN

CORECON CONDENA APROVAÇÃO DE LEI QUE CONCEDE 13º E FÉRIAS

O Conselho Regional de Economia – CoreconRN, condena e lamenta a promulgação da Lei que passa a conceder o 13º salários e férias retroativas aos senhores deputados, inclusive aos seus respectivos suplentes, num momento em que o Rio Grande do Norte vive a sua maior crise fiscal da história.

Entendemos o direito legal, assegurado pelo artigo 7, inciso 8 a 17 da Constituição Federal, que ampara e dá a devida legalidade ao ato. Mas questionamos se essa promulgação neste sábado (23), tem amparo moral, ético e está dentro dos princípios da razoabilidade?

A sociedade potiguar e seus eleitores, têm a mais absoluta convicção que a aprovação, neste momento, é totalmente inoportuna e de uma incoerência colossal, visto que, ocorre inclusive em paralelo à aprovação, na mesma edição, do decreto do Executivo da Calamidade Financeira do Estado do RN.

A sociedade cobra um mínimo possível de coerência dos nossos deputados, pois os senhores foram recém-eleitos para serem guardiões da moralidade e do bom senso, e estão atestando, além da mais absoluta falta de sensibilidade política, e um desrespeito aos mais de 100 mil servidores ativos e inativos do Estado, com vencimentos de novembro, dezembro e seus décimos terceiros salários de 2017 e 2018, em atrasos e pagamentos irregulares dos salários há 36 meses.

Será que os senhores deputados conseguem fechar os olhos a essa mais crua e dura realidade dos servidores do Estado, com reflexos sobre a nossa economia e o comércio Potiguar?

Rogamos já que a Lei descabida está aprovada e que, obviamente a sociedade potiguar gostaria a sua revogação. Porém, como temos dúvidas que isto possa ocorrer, que não sendo assim decidida, o mínimo que os senhores deputados tenham a sensibilidade de somente gozar dos referidos benefícios, após todos os salários em atrasos serem colocados em dia e, que o decreto de calamidade Financeira seja revogado, a partir da retomada, se Deus assim permitir, do equilíbrio fiscal do RN.

A sociedade potiguar espera dos senhores deputados ações que possam restabelecer a dignas, ética e respeito ao nosso Parlamento e, que sejam solidárias com o sofrimento dos mais de 100 mil servidores e dos seus eleitores.

  Conselho Regional de Economia 

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