Familiares e amigos lamentaram violência e perda de Dinobergh Almeida, que foi baleado dentro de casa, ao reagir à ação de criminosos. Polícia Civil começou a investigação.
migos e familiares participaram, nesta terça-feira (14), do velório do empresário Dinobergh Almeida, que foi baleado ao reagir a um assalto dentro de casa na manhã da segunda-feira (13) em Caicó, na região Seridó potiguar. A vítima sofreu dois tiros e ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
O caso aconteceu no bairro Mainard. Dinobergh morava com os pais. A mãe da vítima, Dinorá Almeida, estava de saída para a academia quando foi surpreendida por dois homens. Na tentativa de proteger a mãe, Dinobergh reagiu, lutou com os bandidos e acabou sendo atingido com dois tiros.
Dinobergh foi socorrido e levado para o Hospital Regional do Seridó, passou por cirurgia, mas morreu no fim da tarde de ontem. De acordo com a Polícia Militar, o caso poderá ser investigado como tentativa e roubo, seguido de lesão corporal, seguido de morte.
Segundo o tenente coronel Walmery Costa, comandante do 6º Batalhão, o caso é investigado desde a segunda. “Quando a vítima ouviu os gritos da mãe, veio e tentou impedir”, relatou.
Além de empresário, Dinobergh de Moura Almeida fazia parte de um grupo de voluntários chamado Risoterapia, que leva alegria aos pacientes do Hospital de Caicó. Dino, como era conhecido, deixa dois filhos, um de 6 e outros de 3 anos de idade.
“Ele é um menino que nasceu especial. Apesar dessa violência, eu não quero que ele seja lembrado por isso, como uma vítima, uma estatística da violência. Eu quero que ele seja lembrado pela doação, pela lição de desprendimento que ele deu. Ele se doava por pessoas que não conhecia”, diz o tio do empresário, Jorge Almeida.
Para Cristiano Manoel, coordenador do Risoterapia, o crime chocou toda a cidade. Dino era uma pessoa bastante querida por todos.
“A gente sente muito, porque é uma esposa que vai seguir a vida sem o marido, dois filhos pelo pai. Uma familia que foi destruída por nada, por coisas tão banais que estão virando rotina na nossa cidade, que é tão bonita, tem tantas coisas boas. O povo caicoense, o Rio Grande do Norte, está com medo”. considerou.
Segundo o delegado Leonardo Germano, a Polícia Civil começou um trabalho de mapeamento de possíveis locais de fuga e câmeras de segurança que podem mostrar os suspeitos. A polícia ainda deve colher depoimentos de testemunhas para tentar elucidar o caso e identificar a autoria do crime.