O presidente eleito, Jair Bolsonaro, negou com veemência a possibilidade de recriação de um imposto nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). A medida foi estabelecida pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, para financiar a saúde, a previdência e a erradicação da pobreza, e foi renovada até 2007 pelo governo Lula, por meio da Emenda Constitucional 42, promulgada em 2003.
“Não existe recriação de CPMF. Muito menos uma hipótese absurda dessas, uma CPMF de 0,9%. Porque no meu entender toda a cadeia produtiva é onerada mais de uma vez. Vai virar um inferno aqui o Brasil. Nós não queremos salvar o Estado quebrando o cidadão brasileiro”, afirmou Bolsonaro em longa entrevista, ao vivo, concedida nesta segunda-feira (5) ao jornalista José Luiz Datena, da Band TV.
“Às vezes algum colega pensa apenas em números. Como um jogou aí ‘vamos criar uma CPMF de 0,45%, paga quem recebe e quem também saca’. Eu falei ‘negativo’. Isso tudo está sendo muito bem organizado, conduzido, pelo Paulo Guedes e a gente sempre puxa a orelha de um ou outro assessor para não ir além daquilo que lhe compete”, acrescentou Bolsonaro.