A bancada de deputado federal do Rio Grande do Norte tem uma renovação grande e de fato. A tradição do Estado é de geralmente trocar nomes mantendo os sobrenomes. Foi assim desde sempre com raríssimas exceções.
Desta vez o eleitor potiguar escolheu fazer diferente: elegeu quatro candidatos novatos sem sobrenomes tradicionais da política.
No meio disso, algo inédito: o PT elegeu dois federais. Natália Bonavides e Fernando Mineiro serão os parlamentares que representarão a esquerda na casa.
Pela via do centro político Benes Leocádio (PTC) conseguiu o mandato atuando em faixa própria desbancando favoritos da coligação mais concorrida. Foi o mais votado com 125.841 votos.
Já pelo campo ultraconservador surgiu a grande surpresa da eleição: o general Girão (PSL). Ele estava na coligação do Solidariedade que corria por fora no pleito.
Já o outro quarteto manteve os espaços que são verdadeiras capitanias hereditárias. João Maia (PR) assume a cadeira que é ocupada pela senadora eleita Zenaide Maia (PHS), sua irmã, que o substituíra em 2014. Rafael Motta (PSB) é a sobrevida da família já que seu pai, Ricardo Motta (PSB) não se reeleeu deputado estadual. Walter (MDB) preservou o mandato dos Alves enquanto que o filho do governador Robinson Faria (PSD), Fábio (PSD), se reelegeu na última vaga de sua coligação.
O agripinismo perdeu espaço na casa com a surpreendente derrota de José Agripino (DEM) e as esposas de políticos Carla Dikson (PROS) e Karla Veruska (Avante) não se elegeram.