O Rio Grande do Norte teve um prejuízo superior a R$ 1,6 bilhão, em 2016, devido aos acidentes de trânsito. O cálculo foi realizado pelo Centro de Pesquisa em Economia do Seguro e leva em conta o valor que deixou de ser produzido pelas vítimas das colisões.
De acordo com a pesquisa, as pessoas que saem dos hospitais com sequelas temporárias ou permanentes deixam de trabalhar e, consequentemente, o dinheiro não circula na economia. Também há prejuízos com relação aos custos sociais e o investimento no tratamento das pessoas.
“A maioria é de pacientes jovens na área produtiva da sociedade, exatamente no momento em que eles tem a maior capacidade de produção. Isso tem um ônus não somente no custo na assistência desses pacientes, como também na falta de produção. São pessoas que vão ficar sequeladas, seja de modo parcial ou definitivo e que terão um custo social muito elevado”, aponta o médico Ariano Oliveira, chefe de Cirurgia Geral do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. A unidade estadual é responsável por atender esse tipo de ocorrência.
O médico ressalta a necessidade de trabalhos preventivos, especialmente em relação ao uso de motocicletas. Dos cerca 14 mil atendimentos realizados no ano passado, ele aponta que 80% dos pacientes são vítimas de acidentes de moto.
Na última década, houve crescimento de 80% nesse tipo de caso. O hospital saltou de sete atendimentos diários para mais de 28.