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O fator Fábio Dantas e a eleição de outubro

O vice-governador Fábio Dantas decidiu ser protagonista na política potiguar. Abandona Robinson e o PC do B, e se aproxima do PSB, de Ricardo Motta, para disputar o Governo do Estado. Já foi deputado estadual e é vice-governador. Deixou o governador Robinson Faria (PSD) e tentará “furar a fila” dos pré-candidatos já com nomes postos no tabuleiro eleitoral de outubro: Fátima Bezerra (PT), Carlos Alves (PDT) e o próprio Robinson.
Fabio Dantas deixou que o governador soubesse de suas aspirações: uma vaga no Tribunal de Contas ou assumir o Governo do Estado. Mas, em meio tantas crises, Robinson parece não ter tido tempo para pensar e agir acerca dos sonhos de seu vice-governador.
Robinson deixou claro que será candidato a reeleição e não anunciou quem seria o nome do vice-governador para a disputa do segundo mandato. Pragmático, Fábio leu o cenário, observou o calendário eleitoral e costurou um projeto onde possa ser protagonista. Quer ser o próximo governador.
A aposta de Fábio encontra espaço para crescer na atual conjuntura. A candidatura de Fatima Bezerra é muito competitiva, mas o ex-presidente Lula, que é o grande eleitor do Partido dos Trabalhadores, encontra-se em meio a uma batalha jurídica sem precedentes no Brasil, gerando incertezas. Carlos Eduardo tem grande aceitação dentro de Natal, mas os seus aliados que ofereceria palanque e votos no interior: Garibaldi Filho e José Agripino Maia, estão enrolados e denunciados na Lava Jato. Enquanto o governador Robinson precisa pagar os servidores em dia e melhorar a segurança no Estado para que seu propósito ou sonho de reeleição possa ganhar chance. Fábio aposta em ocupar os espaços não ocupados pelas três pré-candidaturas que não se colocam como definitivas e efetivas.
Quando decidiu ser candidato a vice-governador de Robinson, contra o então todo poderoso, Henrique Alves, Fábio tinha uma pesquisa que mostrava que a rejeição de Henrique Alves o tornava inviável eleitoralmente para o cargo de governador. No caso de segundo turno, quase impossível. O que veio a acontecer. Fábio que era deputado, apoiou Robinson, virou vice-governador e ainda elegeu a esposa Cristiane Dantas, deputada Estadual. Agora Fábio vai sozinho para uma aventura? Não! A decisão do vice-governador está ligada a uma bancada de deputados estaduais. Mas não nomes aleatórios. Nomes como o ex-presidente da Casa Legislativa, Ricardo Motta (PSB) e do atual presidente, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB).
Tido como talentoso articulador, agora será terá que passar no maior teste de sua militância política, construir seu navio com o mesmo material humano que está sendo construído os outros três. Para navegar até a governadoria terá arrastar nomes estratégicos que estão hoje próximos de: Fátima, Carlos e Robinson. Muitas peças para construção de seu barco estão no estaleiro dos concorrentes. As peças são nomes com peso eleitoral e não projetos.
O vice-governador percebe o chamado vácuo político e tenta ocupar o espaço. A rigor está sendo bom estrategista, mas há um desafio a ser vencido: A exiguidade do tempo.
Com a entrada de Fábio na corrida para ao Governo do Estado, o eleitor passa a ter quatro opções de nomes. Quatro nomes e nenhuma opção de projeto para desenvolver o Rio Grande do Norte.
Potiguar Notícias

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