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Fátima cobra de governador proposta para por fim à greve da UERN

A senadora Fátima Bezerra manifestou, em Plenário, nesta terça-feira (27), apoio aos professores e técnicos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em greve desde o dia 10 de novembro. Fátima lembrou que até nesta segunda-feira os profissionais estavam sem receber os salários de dezembro, janeiro e o 13º salário. Hoje, o salário de janeiro foi pago, mas os aposentados não chegaram a receber. A parlamentar pediu que o governador Robinson Faria se sensibilize com a situação dos servidores e apresente alguma proposta para pagar os atrasados, bem como a garantia de que receberão os próximos.

“É crescente o sentimento de indignação, não só por parte dos professores, dos técnicos e dos estudantes da UERN, mas da maioria da população com o descaso e a insensibilidade com que o governador vem tratando a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, que é uma universidade com papel muito relevante na promoção do desenvolvimento econômico e social do nosso estado”, afirmou.

Fátima destacou que os servidores reivindicam, além do cronograma dos pagamentos, a apresentação de um projeto de autonomia da universidade pelo governo estadual, a regulamentação do plano de saúde dos servidores e a manutenção dos aposentados na folha da UERN.  “O governo do estado tem feito simplesmente ouvido de mercador. Insensível às justas reivindicações dos servidores da UERN, achou pouco e mandou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei para aumentar a contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14%, como também quer o governo federal fazer com seus servidores”, criticou.

Fátima sugere uma ação urgente do governador. “Eu quero aqui, como professora, como militante da luta em defesa da educação, fazer o meu apelo ao governador Robinson Faria para que ele apresente urgente uma alternativa aos servidores, porque a situação não pode mais perdurar. Governador, a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte merece respeito. Negociação já!”, completou.

Autonomia das Universidades

Durante seu pronunciamento, a parlamentar expressou ainda solidariedade ao professor da Universidade de Brasília (UnB)  Luís Felipe Miguel,  idealizador da disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”.  A disciplina e o próprio docente têm sido alvo de ataques do ministro da Educação, Mendonça Filho, que entrou com pedido para que o Ministério Público Federal (MPF) investigasse o caso, para verificar se o fato de a UnB oferecer tal disciplina não configuraria o crime de improbidade administrativa. A ação do gestor já virou processo na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que apura se ele cometeu abuso de autoridade no exercício do poder.

“Quero aqui não só em meu nome, mas em nome de todos que compõem a Bancada do PT aqui no Senado, expressar, Prof. Luís Felipe, toda a nossa solidariedade. Não só a você, mas a todos que integram a UnB.  Ao mesmo tempo, expresso, com toda a veemência, o nosso repúdio a essa tentativa do Ministério da Educação de violar a liberdade de cátedra e autonomia universitária, ao censurar, de maneira explícita, a criação da matéria”, repudiou.

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