O prefeito de Caicó, Batata (PSDB), está cobrando da empresa Pratika, do empresário Fred Queiroz, delator da operação Manus, o que teria faltado do que foi acertado na campanha para governador, do ex-deputado Henrique Alves (PMDB) em 2014.
Batata diz que firmou contrato com a Pratika para ser locutor da campanha de Henrique na região do Seridó.
Intimado para explicar, Fred Queiroz justifica que os contratos com lideranças – Batata além de locutor era vereador do PMDB em Caicó – foram considerados “forjados” pela Polícia Federal.
O hoje prefeito de Caicó é um dos citados na delação de Fred Queiroz, como tendo sido beneficiário de pagamento efetuado com dinheiro de propina.
De acordo com a delação, um depósito no valor de 20 mil reais feito ao hoje prefeito, foi com dinheiro oriundo da Odebrecht, pago à campanha de Henrique como propina.
Batata recebeu 20 mil reais e cobra na justiça o restante, que seria 20 mil, mas que, com juros e correção, estaria hoje em 33 mil que ele quer que Fred pague.
Para o empresário Fred Queiroz, pagar essa dívida ao prefeito de Caicó será cometer o crime de pagamento de propina mais uma vez.
A Pratika foi contratada por Henrique Alves para cuidar da logística da campanha e repassar valores em forma de pagamento de serviços, ao que seria pagamento por apoio em muitos casos.
Batata garante que não é o caso dele e afirma que tem fotos dele atuando como locutor da campanha de Henrique.
Uma audiência de conciliação entre delator e delatado está marcada para o dia 24 de janeiro, às 9 da manhã.
Ocasião em que Fred vai dizer que o que foi pago a Batata foi por ‘compra de apoio’ à candidatura de Henrique Alves, e Batata vai argumentar que foi contratado para ser locutor.