Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis deixaram prisão na manhã desta sexta-feira (25), 10 dias após serem detidos em operação que investiga desvios de recursos na ALRN.
oram liberados na manhã desta sexta-feira (25) os servidores Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis, presos no dia 15 de agosto pela operação ‘Anteros’. O prazo da prisão temporária dos dois terminou nesta sexta. Eles são ligados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), que é suspeito de ter envolvimento em desvios de recursos da Assembleia Legislativa do Estado. Adelson e Magaly teriam tentado obstruir as investigações.
Magaly foi liberada da ala feminina do Complexo Penal João Chaves, na Zona Norte da capital potiguar por volta das 9h30. Procurada, a defesa da servidora confirmou a informação. Adelson ainda está detido no Comando do Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar aguardando chegar a comunicação da Justiça.
Ambos foram presos temporariamente por cinco dias e tiveram a prisão prorrogada por decisão do STJ. De acordo com o Ministério Público Federal e a própria PF, havia necessidade de ouvir Magaly e Adelson sobre as provas coletadas durante os mandados de busca e apreensão, entre elas cheques assinados pelo chefe do Executivo. O prazo das prisões temporárias dos dois terminou nesta sexta e eles foram liberados.
O Ministério Público Federal ainda pediu a prisão preventiva de Magaly e Adelson, mas o pedido foi negado pelo STJ.
Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis são assistentes de confiança do governador. A primeira é servidora na Assembleia Legislativa desde 1987, nomeada a convite de Robinson quando ele ainda era deputado estadual. Antes, Magaly trabalhava como secretária na empresa da família do governador. Adelson é advogado e estava lotado no gabinete do governador.
Segundo a PF, a investigação mira “manobras ilegais” para impedir as apurações sobre desvio de recursos públicos por meio da inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do estado desde 2006. Robinson é suspeito de ser o beneficiado dos desvios.
Segundo delação de Rita das Mercês, ex-procuradora da ALRN, o governador recebia R$ 100 mil por mês, enquanto era presidente do Legislativo.