A CBF anunciou nesta quarta-feira a paralisação do Brasileirão por duas rodadas. Em seu ofício, a entidade explica que atende a pedido de 15 times dos 20 que disputam a Série A.
As rodadas adiadas são a 7 e a 8, nos dois próximos fins de semana. A data coincide com a suspensão anunciada anteriormente dos jogos das equipes gaúchas – Grêmio, Inter e Juventude – até o dia 27 de maio. Se não houver mudança, o Brasileirão volta em 1º de junho, na 9ª rodada.
Na última segunda-feira, os 11 clubes da Liga Forte União se manifestaram publicamente pedindo a suspensão do Brasileirão. Eles ganharam o reforço de Atlético-MG, Bahia, Grêmio e Vitória. Os cinco clubes que não defenderam a paralisação foram Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, havia dito na sexta-feira que a decisão seria dos clubes. Assim, a entidade convocou Conselho Técnico da Série A para o próximo dia 27. Porém, a entidade recebeu críticas pela demora na marcação da reunião. O vice-presidente do Grêmio, Antônio Brum, chegou a chamar a data do Conselho de “brincadeira de mau gosto”.
Ao chegar à Tailândia, onde a Fifa anunciará na sexta a sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, Ednaldo afirmou na terça-feira que acataria a decisão dos clubes. Porém, o presidente da CBF disse que “não é tão fácil” parar o Brasileirão.
No próximo meio de semana, haverá jogos da Copa do Brasil. Até agora, a entidade não anunciou paralisação de outros campeonatos que organiza. A medida é restrita à Série A.
Os clubes gaúchos não entram em campo desde a última semana de abril. Se não houver reviravolta, Inter e Grêmio voltarão a disputar uma partida oficial no fim de maio. O Colorado recebe o Belgrano, no dia 28, pela Sul-Americana. O Tricolor encara o The Strongest, no dia 29, pela Libertadores. Não há definição de local para os jogos. O Juventude retornará a campo no dia 1º de junho, contra o Bragantino, fora de casa, pelo Brasileirão.
Entidades emitem nota
Nos últimos dias, o Brasil se viu radicalmente afetado por uma tragédia ambiental sem precedentes na história, que impactou diretamente milhões de pessoas no Estado do Rio Grande do Sul e, por conseguinte, o futebol praticado no Brasil.
Nesse sentido, não se pode olvidar que o esporte e a sociedade caminham concomitantemente, não podendo se separar ainda mais em um momento tão difícil para a população brasileira.
Sendo assim, a CBF, como entidade nacional de administração do desporto, se solidariza com cada vítima desse evento catastrófico, ressaltando que está empreendendo todos os esforços, no âmbito nacional e internacional, que estão ao seu alcance para colaborar com o povo gaúcho nessa drástica crise através de ações e iniciativas, sem prejuízo de outras que ainda serão desenvolvidas, caso necessário.