A Petrobras perdeu R$ 32,3 bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda-feira (23). As ações da estatal da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) caíram mais de 6% depois de a petroleira divulgar, pela manhã, que vai propor aos acionistas mudanças no seu estatuto social. Uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) será convocada para discutir o tema.
A principal proposta é acabar com as proibições para a indicação de administradores previstas na Lei das Estatais que foram consideradas inconstitucionais em decisão monocrática do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.
Com isso, a estatal pretender “considerar hipóteses de conflito de interesses formal nos casos expressamente previstos em lei”.
Também foi proposto criar uma reserva de remuneração de capital, com valor ainda não definido. O objetivo é garantir recursos para o pagamentos de dividendos, recompra de ações, absorção de prejuízos e incorporação ao capital social.
Como reflexo, as ações preferenciais (PETR4) caíram 6,61% nesta 2ª feira, fechando a R$ 35,35. Já os papeis ordinários (PETR3) desvalorizaram 6,03%, indo a R$ 38,35.
O valor de mercado da companhia caiu de R$ 515,7 bilhões, registrados na última 6ª (20.out), para R$ 483,4 bilhões. A perda é o equivalente ao valor da Engie Brasil, companhia do setor energético avaliada em R$ 33 bilhões, aponta o consultor financeiro Einar Rivero.
Na última 4ª (18.out), a Petrobras atingiu seu recorde histórico em valor de mercado, alcançando R$ 525,1 bilhões. O resultado foi puxado pela alta cotação do petróleo no mercado externo.
Desde então, a empresa viu seu valor diminuir em R$ 41,6 bilhões. Essa redução é equivalente ao valor de mercado de empresas como Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ou Prio (PetroRio).
Poder 360