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Prefeita Mazé: ‘Todos conhecem e sentem a grandeza do festival de Martins’

No Cafezinho com César Santos, prefeita Mazé afirma que o Festival Gastronômico e Cultura de Martins deste ano será o maior de todas as edições. Todos os leitos da rede hoteleira já estão reservados. A prefeita também fala sobre eleições deste ano

Todos os leitos da rede hoteleira de Martins estão reservados para o próximo fim de semana, quando será realizada a 14ª edição do Festival Gastronômico e Cultural. A principal cidade da região serrana do Alto Oeste do Rio Grande do Norte tem o desafio de receber o turista com a estrutura que a demanda exige. A missão está nas mãos da prefeita Mazé, que vive o evento não apenas com a responsabilidade da organização e execução, mas como cidadã martinense.

Para falar sobre esse desafio e de outros temas, como política, a prefeita tomou o “Cafezinho com César Santos” na tarde de quinta-feira, 21, na sede do Jornal de Fato, em Mossoró.

Maria José de Oliveira Gurgel Costa, 58, governa Martins pela terceira vez. Foi eleita em 2020 pelo Democratas, hoje União Brasil. Ela tem como luta principal a construção do teleférico, ligando a cidade à Casa de Pedras. O teleférico será um divisor de águas sob o ponto de vista cultural e econômico. “Essa é a luta de todos nós, que um dia sairá do papel”, afirma.

Para as eleições de outubro, Mazé assumiu posição contrária a do seu partido. Ela apoiará a governadora Fátima Bezerra (PT), enquanto o União vai com a candidatura do ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade). Ela explica a decisão nesta entrevista. Leia.

Martins volta a viver o Festival Gastronômico e Cultural após dois anos suspenso devido à pandemia. A edição deste ano gera uma expectativa maior em razão de tudo que a cidade viveu durante a pandemia?

A expectativa é muito grande tanto de nós martinenses quanto das pessoas que já participaram das edições anteriores. Todos sabem e sentem a grandeza do festival. Os martinenses veem a mudança que a nossa cidade teve após a primeira edição do evento e entendem a sua importância. O povo de Martins gosta de recepcionar os visitantes, fazem parte diretamente do festival, com papel importante para o sucesso. A expectativa é muito grande, estamos todos empenhados, trabalhando com muito amor, com muita responsabilidade e dedicação para preparar nossa cidade para esse grande festival que veio fazer a diferença em nossa terra.

Sob o ponto de vista econômico, qual é o impacto do Festival Gastronômico na vida dos martinenses? É possível afirmar que o evento é o carro-chefe do turismo sob o ponto de vista da geração de emprego e renda?

O festival faz toda a diferença na economia de Martins e, por consequência, na vida das pessoas. Nessa época, qualquer pessoa que tenha disponibilidade e que queira reforçar a sua renda familiar, ela tem todas as possibilidades. Tem uma coisa interessante, que sempre digo, é que o festival mudou a cultura da cidade como todo, inclusive, o comportamento dos martinenses. As pessoas, antes do festival, não tinham o costume de sair de suas casas para alugar. Hoje está diferente, as pessoas entenderam que também é uma forma de renda. Na época do festival, as pessoas prepararam as suas casas, renovam a pintura, deixam prontas para receber os visitantes. Isso é uma forma de ganhar dinheiro nessa época. O evento impacta todos os outros segmentos, inclusive, a economia informal. Tem as pessoas que fazem doce, o artesanato, produzem para os restaurantes e bares, e tudo isso é uma forma de renda e de fortalecimento da nossa economia.

Houve uma procura maior de restaurantes para expor no Festival Gastronômico? Como vai ser essa estrutura?

Houve, sim. Como disse, o retorno do nosso festival gerou muita expectativa. A edição desse ano contará com sete restaurantes, que serão instalados na praça, com toda a estrutura para garantir o conforto dos participantes. O festival contará com os restaurantes Paçoca de Pilão (Natal), Mirante do Carranca, Mirante do Canto, Bistrô Abigail (Martins), Água na Boca (Pau dos Ferros), Confitado (São Miguel) e Mirante Recanto Alto da Serra (Portalegre). Teremos também o funcionamento de todos os restaurantes da cidade, que estão se preparando para atender a todos com a ótima gastronomia local. O festival terá uma estrutura muito boa para proporcionar as melhores condições aos visitantes e todos os participantes do evento.

A programação cultural é outro diferencial do evento. O que há de novidade para este ano?

Uma das novidades será o cantor pernambucano Jorge de Altinho. Há uma expectativa entre as pessoas muito boa em relação a essa atração. Nós vamos ter grandes nomes nos palcos do festival, inclusive teremos grandes artistas de Mossoró como as cantoras Samara Alves, Nida e Kelly Lira, Cacau Monteiro, André da Mata, Frequência 2, entre outros. Mas, quero destacar que teremos duas grandes atrações que são o poeta e cordelista Antônio Francisco e a Banda de Música de Martins Nair Austero Soares. São atrações que enaltecem a nossa cultura.

O festival alia a ótima gastronomia ao clima agradável de cidade serrana e cultura, podemos afirmar que o evento é um ponto fora da curva no Rio Grande do Norte?

É, sim. Estamos falando de um festival que chega a sua 14ª edição inserido no calendário do turismo de eventos do Rio Grande do Norte, com um formato que não há outro igual. Costumo dizer que o nosso evento é para as famílias, para os pais, filhos, idosos, adultos, jovens e crianças. É um grande encontro de famílias, inclusive, pensando assim, este ano nós estamos ampliando os espaços para as crianças. Vamos ter um parque de diversões e um circo, voltados para esse público. Os pais podem ficar na praça de eventos, enquanto seus filhos poderão se divertir no parque e no circo. Esse vai ser um diferencial do nosso evento.

Um evento dessa natureza exige uma estrutura cara e alto investimento. A Prefeitura de Martins viabiliza esse investimento com recursos do próprio orçamento ou tem parceiros que investem no festival?

Esse é um ponto importante. É impossível realizar um festival dessa grandeza, como o nosso, sem parcerias. O evento não aconteceria se não tivéssemos parceiros importantes como o Sebrae que tem sido parceiro de todas as horas, o Café Santa Clara, a cerveja Stella, o Supermercado Bonejão, cachaça Samanaú, West Park do empresário Gonzaga Júnior, o Chalé Lagoa dos Ingás e a Degustar. Agradeço de coração porque sem eles o festival não poderia acontecer.

O teleférico de Martins, projeto há mais de uma década, não saiu do papel. Essa ferramenta é vista com potencial para consolidar a indústria do turismo na cidade serrana. Em que estágio se encontra esse projeto?

O teleférico, ligando a cidade à Casa de Pedras, é importantíssimo para Martins consolidar o seu perfil de cidade turística. Infelizmente, o projeto se encontra do mesmo jeito, ou seja, parado, aguardando o apoio dos governos estadual e federal. Mas, acreditamos que esse projeto, a qualquer momento, sairá do papel. Temos essa esperança. Continuo acreditando no potencial e na boa vontade dos políticos do nosso estado. Em algum momento, um governo vai entender que o projeto do teleférico não é apenas uma obra para a cidade de Martins, mas uma grande obra para todo o estado do Rio Grande do Norte. Vamos lutar para esse projeto ser concretizado, temos essa missão e não recuaremos.

A senhora governa uma cidade com belas paisagens observadas dos mirantes, museus histórico, cultural e arqueológico, reserva florestal, engenhos de cana e casas de farinha que lembram a época colonial, construções antigas ao estilo barroco, sobrado com varanda em pedra de cantaria, cachoeiras, cavernas. Uma cidade com esse perfil depende só do teleférico para desenvolver o turismo como ferramenta de fomento à economia?

O teleférico é muito importante, isso é incontestável, mas precisamos afirmar que o turismo de Martins vem deslanchando a passos largos. O Festival Gastronômico e Cultural é um exemplo disso. Temos os atrativos como citados na pergunta. Recebemos visitantes em todos os períodos do ano. Agora, é inegável que uma obra como o teleférico virá para ampliar o nosso potencial turístico. É de suma importância. A nossa gestão está lutando para esse projeto sair do papel. Temos agora uma campanha eleitoral em que nós vamos apoiar candidatos que assumam compromisso com essa luta.

A cidade de Martins, por iniciativa privada, vai ganhar uma grande área de lazer, possivelmente, a mais estruturada da região Oeste. Será outro diferencial para o turismo na região serrana do estado?

O Acqua Park é uma iniciativa corajosa de um jovem empreendedor de nossa cidade (empresário Gonzaga Júnior). Estamos falando de uma obra grandiosa, empreendimento gigantesco que vai impactar Martins e toda a região. Vai ser o maior complexo de lazer de nossa região e um dos maiores do Rio Grande do Norte. É claro que quando estiver pronto, possivelmente em 2023, proporcionará maiores oportunidades de fortalecimento ao turismo regional.

A senhora foi eleita em 2020 pelo Democratas, hoje União Brasil, que vai disputar o Governo do Estado indicando o ex-prefeito de Assú, Ivan Júnior, como vice na chapa de Fábio Dantas, do Solidariedade. A senhora vai acompanhar a decisão do partido?

O nosso grupo político já tem uma decisão tomada e que nós vamos seguir. Temos os nossos candidatos definidos. Vamos apoiar a reeleição dos deputados Ezequiel Ferreira (PSDB) e Beto Rosado (Progressistas) para estadual e federal, apoiaremos o ex-ministro Rogério Marinho (PL) para senador e votaremos na reeleição da nossa governadora Fátima Bezerra (PT).

Então, a senhora não apoiará a chapa ao governo do seu partido. Como explicar?

Nós fizemos escolhas baseadas no apoio a Martins. O nosso município é de pequeno porte, recebe a menor cota de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), depende de parcerias com os governos estadual e federal e essas parcerias são firmadas a partir de apoio dos políticos com mandato. Martins é uma cidade turística, requer mais cuidados, mais investimentos. A gente precisa cuidar dos martinenses com zelo, com responsabilidade e, para isso, dependemos das parcerias, de mãos dadas com aqueles que priorizam Martins. A partir desse ponto, explicamos e justificamos as nossas escolhas para apoiar nas eleições desse ano.

Jornal de Fato

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