O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), está dividido entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e o pré-candidato a governador Fábio Dantas (Solidariedade). Ele vai decidir até julho, quando começam as convenções partidárias.
Há uma tendência de o líder tucano fazer opção pela reeleição da governadora Fátima. Ele é parceiro administrativo do governo, controlando a Secretaria de Agricultura e ocupando, através de indicados, outros cargos de menor relevo.
Ezequiel, porém, qualquer que seja a sua decisão, não levará o PSDB unido. A bancada tucana na Assembleia Legislativa é formada por oposicionistas e governistas. Está rachada na disputa majoritária.
Dos 12 deputados estaduais, seis não apoiam a governadora e têm dito isso abertamente: Gustavo Carvalho, Tomba Faria, José Dias, Getúlio Rêgo, Nelter Queiroz e Galeno Torquato.
Quatro são governistas assumidos: Dr. Bernardo Amorim, Raimundo Fernandes, Ubaldo Fernandes e Kleber Rodrigues.
Outros dois tucanos estão divididos, embora tenham aprovados todos os projetos do governo na Assembleia Legislativa: Albert Dickson e o próprio Ezequiel Ferreira.
Com essa divisão, dificilmente o PSDB caminhará coeso à sucessão estadual. A expectativa gira em torno da aliança que o partido oficializará na disputa majoritária. A tendência é opção pelo PL, do pré-candidato a senador Rogério Marinho, que se coligará com o Solidariedade, de Fábio Dantas. Nesse caso, se alimenta a possibilidade de o PSDB indicar o candidato a vice-governador na chapa oposicionista.
Ocupar posição em chapa majoritária é um dos argumentos que os tucanos oposicionistas irão apresentar, uma vez que a chapa de Fátima Bezerra está definida com o deputado federal Walter Alves (MDB) a vice-governador e Carlos Eduardo ao Senado da República.