O ex-ministro do Desenvolvimento Regional, o potiguar Rogério Marinho, iniciou sua caminhada eleitoral em busca de apoio para garantir sua cadeira no Senado. Ao se despedir do ministério, Marinho prometeu dedicação à política do RN. Assim como outros bolsonaristas, ele segue “apertando mãos cristãs”, seguindo a linha do “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” característicos do governo Bolsonaro.
No último domingo, 10, o candidato ao Senado esteve reunido com pastores de Natal para, segundo ele, conversar sobre valores que precisam ser preservados pelo bem das famílias.
O encontro dominical de Marinho com os representantes cristãos, no entanto, não foi bem visto pelos internautas. Para alguns, a cena dos “Pastores do MEC” se repete e chegaram inclusive a questionar se houve cobrança de propina.
“Cuidado com pastores viu. Tem muito picareta. Olha os 2 que derrubaram o ministro do MEC”, disse outro.
“Os pastores pediram uma grana, tipo MEC?”, comentou um internauta.
“Esses valores podem ser pagos em barras de ouro. Tem desconto?”, questionou um usuário da rede social.
Para um outro internauta, os encontros políticos entre pastores e parlamentares não passa de “profanação e desvio da função do pastoreio”. E acrescenta que “Pastor cuida da espiritualidade da comunidade de fé dele, não tá lá pra ser porta-voz em assuntos políticos da congregação. Púlpito não é palanque!”, completa.
No mês passado, o Estadão revelou a atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação, em uma espécie de gabinete paralelo. O então ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração do cargo.