Amanhã comemora o dia Internacional da mulher. O jornal Folha Regional destaca as mulheres que estão a frente do comando municipal na região oeste. São 12 prefeitas que estão mudando o cenário político e administrativo da região.
Há 50 anos a mossoroense Celina Guimarães entrou para história como a primeira mulher a registrar seu voto no Brasil. O Rio Grande do Norte também elegeu a primeira prefeita da América Latina. Em 1928, Alzira Soriano conquistou 60% dos votos no município de Lajes e foi a primeira mulher a ser eleita para um cargo executivo no país.
Em 2020 a cidade de Pau dos Ferros elegeu a primeira prefeita mulher da sua história. MARIANA ALMEIDA foi eleita com 54,22% dos votos. Desde de então vem fazendo uma gestão que valoriza a pessoa e o ser humano. Mariana é advogada, foi diretora do DETRAN, foi secretaria municipal e procuradora na gestão de Fabrício, foi candidata a vereadora em 2014, mas não obteve êxito. Na eleição municipal que tornou se prefeito tirou 8.604 votos, derrotando seu opositor com uma maioria de 1.510 votos. Mariana comanda a maior cidade da região oeste, com uma população superior a 30 mil habitante. A eleição de Mariana Almeida em Pau dos Ferros encera o ciclo de prefeitos do sexo masculino que governaram a cidade desde da sua fundação até 2020. Como mulher, é preciso mostrar e comprovar diariamente sua capacidade para gerir uma cidade, que passou anos sendo gerenciada por homens, e que vem mostrando um olhar sensível e humano às desigualdades e fragilidades que uma cidade apresenta, exercendo uma gestão com olhares para a coletividade.
Além de Mariana Almeida as cidade de Major Sales, Paraná, Tenente Ananias, possuem mulheres a frente do executivo Municipal; Na cidade de Alexandria a prefeita JEANE SARAIVA também vem se destacando no comando do executivo municipal. Jeane foi eleita em 2016 e reeleita em 2020 para governar a cidade de Alexandria até 2024. A prefeita Jeane goza de alta aprovação popular e vem conseguindo realizar uma grande gestão.
As cidades de João Dias, Lucrécia, Almino Afonso e Martins são governadas por mulheres. A prefeita Jandiara Jácome de Frutuoso Gomes tem conseguido mudar a história política da cidade, Janda é professora e priorizou na sua gestão a educação e valorizando os profissionais da educação, a gestora foi eleita e hoje exerce seu segundo mandato a frente da prefeitura de Frutuoso Gomes. Enquanto gestora mulher, a prefeita Janda tem no seu corpo técnico inúmeras mulheres que vem ajudando a fazer uma das gestões mais bem avaliada pela população.
A cidade de Messias Targino também é governada por uma mulher. A prefeita Maria Helena de Olho D’água do Borges conseguiu vencer duas eleições numa disputa, a primeira derrotou o ex-prefeito Brenno Queiroga que se julgava até então imbatível, depois Maria Helena enfrentou a esposa do ex-prefeito Jackson Queiroga conseguindo se reeleger para seu segundo mandato. Maria Helena tem no seu corpo técnico várias mulheres, entre as quais destacamos a secretária de Saúde Keyla Queiroga, a diretora do hospital Laisa Sales, a chefe de gabinete Laedna Dias Sales entre outras inumeras mulheres que vem ajudando na transformação sócio-econômica e Cultural da cidade de Olho D’água do Borges.
Os nossos parabéns e nossa homenagem a todas as mulheres, principalmente aquelas que estão sendo protagonistas das lutas por igualdades de gênero. Hoje a mulher ainda sofre muita violência no cenário. Como diz a canção de Elza Soares: “A carne mais barata do mercado é (ainda) a carne negra”. entre os anos de 2009 a 2019 foram assassinadas 50 mil mulheres, destas 67% são negras.
Este texto não era para isso. Mas é difícil escrever sobre a importância da mulher na sociedade sem desviar o assunto para o contexto tenebroso de que ainda lutamos pela vida e pela liberdade de existir como bem somos. A violência que sofremos resulta justamente na nossa invisibilidade. Ainda somos o país em que 72% das denúncias de mulheres vítimas de agressão são referentes à esfera doméstica e/ou provenientes de membros da própria família. É uma questão que precisa urgentemente ganhar contornos de sublevação. A matéria “Vidas femininas importam: a luta das mulheres na pandemia”, publicada no Jornal, mostra mais um dado absurdo. A violência doméstica e o estupro são a sexta causa de morte entre mulheres de 15 a 44 anos. São nossas mães e filhas que são violentadas dentro de nossas próprias casas!