Preso há uma semana por ameaçar testemunhas e, supostamente, liderar o tráfico internacional de cocaína por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), o empresário Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como “Chico Bomba”, teria acumulado milhões com a atividade ilegal.
Em três anos, “Chico Bomba” movimentou ao menos R$ 5 milhões. O Metrópoles teve acesso, com exclusividade, aos comprovantes de rendimento apresentados por ele junto à Receita Federal.
A escalada financeira do investigado chegou ao ápice em 2019, mesmo ano em que o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodriguesfoi preso, na Espanha, com 39kg de entorpecente.
A suspeita é de que os valores declarados ao Fisco são apenas uma pequena fatia das cifras milionárias movimentadas por Chico Bomba na capital federal e em estados como a Bahia, onde fez investimentos. Os recursos informados na declaração do Imposto de Renda seriam decorrentes da possível lavagem de dinheiro.
Vida de luxo
Apesar de alegar não dispor de recursos no período, em 2013, o empresário adquiriu um apartamento de luxo, na Asa Sul, pela bagatela de R$ 2,3 milhões, valor pago em espécie. Os auditores fiscais identificaram que a compra do imóvel foi feita em nome da ex-companheira do empresário e que a mulher, no mesmo dia, doou o imóvel à filha do casal.