O Exército impôs sigilo de 100 anos ao processo administrativo aberto e, já arquivado, sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.
A informação foi revelado pelo jornal O Globo, que teve um pedido negado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
De acordo com a reportagem, o Serviço de Informação ao Cidadão do Exército declarou que “a documentação solicitada é de acesso restrito aos agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que ela se referir”.
A decisão de não punir o ex-ministro, que é general da ativa, foi anunciada na semana passada. Pazuello chegou a discursar em ato político ao lado do presidente, no último dia 23 de maio. Ele prestigiava uma manifestação pró-governo organizada por motociclistas na capital fluminense.
O Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem que militares da ativa participem de atos políticos, por isso foi instaurado um processo administrativo contra o general.
A decisão de arquivar o procedimento foi tomada pelo comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, após ouvir a versão do general. Segundo o comandante, não houve prática de transgressão militar.