Neste domingo, o Estadão revelou um esquema de favorecimento aos parlamentares que ajudaram o governo federal a eleger seus candidatos às presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, uma espécie de orçamento secreto.
No total, foram R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais, enviados a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), onde os deputados e senadores, em muitos casos, dizem apenas o tipo da obra, o tipo de máquina utilizada e não informam a localidade específica que será beneficiada. O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Como mostrou o Estadão, boa parte dos recursos do orçamento secreto, cerca de 272 milhões, foi destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas com valor acima da tabela de referência, por isso, foi apelidado de “tratoraço”.
Parlamentares da oposição vão pedir que Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União investiguem o caso. Afinal, qual a gravidade e as consequências que o caso pode ter para o governo e para os parlamentares? No episódio de hoje, conversamos sobre esse caso com o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, e com a colunista do Estadão e Rádio Eldorado, Eliane Cantanhêde.
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