A juíza Jorgina de Oliveira Carneiro e Silva Rosa, titular da 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília, absolveu o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga da acusação de suposta agressão à ex-mulher Elida Souza Matos.
A sentença destaca que apesar da credibilidade sempre atribuída ao depoimento da vítima, em casos de violência doméstica, não foi possível comprovar minimamente os relatos da suposta vítima sobre o que aconteceu na madrugada de 23 de junho de 2017 na residência do casal.
O caso provocou um grande desgaste na imagem do advogado, um dos mais requisitados de Brasília, custando-lhe a recondução ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O então ministro do TSE procurou o ministro Marco Aurélio, na época vice-decano do Supremo Tribunal Federal (STF), para comunicar o seu desejo de que a Corte não encaminhasse seu nome à presidência da República para recondução ao cargo, em razão do seu profundo respeito pelo Supremo e o TSE. Ele não fez a solicitação ao decano da época, ministro Celso de Mello, porque era ele o relator do caso no STF.
Apesar do gesto, muito elogiado pelos ministros do STF e do TSE, alguns veículos de comunicação divulgaram a mentira de que Admar Gonzaga teria sido “pressionado” a renunciar à recondução.