A Executiva Nacional do PSL autorizou a abertura do processo de expulsão de 20 deputados da sigla, entre eles o general Girão Monteiro, eleito pelo Rio Grande do Norte. O pano de fundo da briga é a eleição para a mesa diretora da Câmara Federal.
O PSL definiu apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), que tem como principal cabo eleitoral o atual presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, a ala bolsonarista do partido quer eleger Arthur Lira (PP-AL).
Na lista também estão Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP) e Daniel Silveira (RJ), que ganhou fama após quebrar uma placa em homenagem à vereadora carioca assassinada Marielle Franco.
Girão e outros 11 deputados bolsonaristas do PSL já haviam sido suspensos em março de 2020 por divergências internas. Com a medida, válida pelo período de 1 ano, os parlamentares ficaram impedidos de representar o partido em comissões, fazer discursos em plenário e participar de votações.
A queda de braço ficou ainda mais evidente após a desfiliação de Jair Bolsonaro, que perdeu o controle da sigla para o presidente Luciano Bivar.
Pelas redes sociais, Girão Monteiro classificou de “tribunal de exceção” a abertura do processo de expulsão contra ele e outros 19 colegas:
– Tomamos conhecimento da Convocação da Comissão Executiva Nacional do PSL para tratar de representação contra 20 Dep Federais que apoiam o Gov Bolsonaro. Trata-se de mais um Tribunal de Exceção. Não estamos tendo o mínimo direito de defesa e tampouco do contraditório. Lamentável”, escreveu.
Confira os 20 parlamentares que podem ser expulsos do PSL:
Alê Silva (MG) Aline Sleutjes (PR) Bia Kicis (DF) Bibo Nunes (RS) Carla Zambelli (SP) Carlos Jordy (RJ) Caroline de Toni (SC) Chris Tonietto (RJ) Coronel Tadeu (SP) Daniel Silveira (RJ) Eduardo Bolsonaro (SP) Filipe Barros (PR) General Girão (RN) Guiga Peixoto (SP) Hélio Lopes (RJ) Junio Amaral (MG) Major Fabiana (RJ) Márcio Labre (RJ) Sanderson (RS) Vitor Hugo (GO)