Não é de hoje que a população de Pau dos Ferros se depara com o descaso na principal escola da rede pública municipal de ensino: a Escola Municipal Prof. Severino Bezerra. O abandono, proveniente das gestões de Leonardo Rêgo, ainda mais por ter feito parte de seus discursos na campanha de 2016, ganhou evidência após a candidata de oposição Marianna Almeida fazer um vídeo em que ela mostrava um pouco a situação da escola.
Alguns fatos da gestão 2017/20 evidenciam a forma de como a gestão de Leonardo Rêgo não adotou medidas que priorizassem as necessidades do município de Pau dos Ferros na área da educação.
Vamos ao primeiro fato:
– Em março de 2017, os professores iniciaram a tentativa de uma audiência com Leonardo Rêgo, para que ele, junto a Secretária de Educação Eliesse de Queiroz, explanassem acerca de como eles calculam o reajuste do piso, o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR), um plano de estruturação das escolas, um projeto voltado para erradicar/minimizar a evasão e repetência e um sistema de correção de fluxo e promoção do ensino de EJA.
Dentre esse primeiro fato, os servidores relatam que a secretária nunca os recebera para dialogar. 3 anos depois, em março de 2020, ela, a secretária Eliesse, visitou a escola para informar que não tinha autonomia para resolver tais problemas.
Segundo fato:
– Em 30 de agosto de 2017, data da abertura da FINECAP daquele ano, um grupo de professores foram protestar contra Leonardo Rêgo em praça pública (Praça de Eventos). Vestidos de roupas pretas e mostrando cartazes, o protesto era pacífico, porém, incomodou o prefeito a ponto de ele proferir, no microfone em cima do palco principal da praça, palavras de humilhação para com os professores. Eis as principais falas:
“Não admitirei como gestor Público de uma cidade […] aqui tem um prefeito que tem moral para administração”
“Eleição só daqui a três anos, e eu terei um novo encontro com vocês.” “Intimidação para cima de mim, não!”
“Vocês não conseguirão reduzir o brilho do evento (se referindo a FINECAP)!”
Infelizmente o perfil agressivo e de persuasão enganosa fez, naquele momento, com que a população aplaudisse o absurdo, mas, Pau dos Ferros figurava ali uma das cenas mais lamentáveis da sua democracia, onde um gestor público, em demonstração de descontrole e prepotência, agride verbalmente uma classe de profissionais tão importantes da cidade, que exerciam seu livre direito de manifesto.
O terceiro fato:
– Em 28 de novembro de 2019, os professores do Severino Bezerra participaram de uma reunião em que eles elencaram uma série de prioridades junto a secretaria de educação. Abaixo segue parte da ata da reunião:
A reunião administrativa pedagógica realizada com a Eliesse de Queiroz, foi uma tentativa de os professores dialogarem com a gestão, contudo, as reivindicações não foram atendidas, sobretudo a necessidade de uma reforma da escola Municipal Severino Bezerra.
Chegamos a 2020. Na semana em que Marianna lançou o vídeo em suas redes sociais (15 de outubro, dia do Professor), promoveu também um encontro com professores e profissionais da educação do município no dia seguinte (16), convidando-os para dialogar sobre a situação destes servidores.
Fato curioso, mas não surpreendente, foram as ausências justificadas por parte de alguns professores, que alegaram não ir pelo temor da perseguição política (já mostrada em outros casos, como a queixa-crime contra a adolescente da poesia e o processo contra Bruno Fretes).
Agora chegamos ao terceiro fato:
– Dias depois das ações de campanha de Marianna Almeida a prefeitura tratou de, imediatamente, iniciar uma ligeira reforma da estrutura do Severino Bezerra nesta segunda (26 de outubro).
Hoje, em período eleitoral, o Severino Bezerra vem recebendo “uma mão de tinta”, a mesma utilizada no canteiro central da Av. Independência, entre outros espaços públicos da cidade. Esse tipo de estratégia de campanha tem um objetivo claro: passar a falsa impressão de que o gestor está dando atenção e prestando serviço ao município.
Esse é só um resumo do que nossa educação vem passando pelas mãos de um gestor de exacerbada autocracia, que é Leonardo Rêgo, onde a população não possui voz nem vez, e que vem sendo enganada pelas “inúmeras obras”, que se tornam números que escondem o verdadeiro descaso da sua gestão. As conclusões ficam por parte da população pau-ferrense.
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