O governo federal identificou o pagamento do auxílio emergencial a 20.277 servidores públicos do Rio Grande do Norte, o que equivale ao valor de R$ 25,9 milhões pagos irregularmente.Em todo o Brasil, foram 680 mil servidores públicos que receberam o auxílio. Os repasses ilegais, somados, chegam a R$ 1 bilhão e serão investigados pelo MPF (Ministério Público Federal).
As irregularidades foram encontradas após a CGU (Controladoria-Geral da União) cruzar cadastros do programa criado para ajudar as famílias mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus com bancos de dados de outros poderes.
A CGU analisou agentes estaduais e municipais, além de servidores federais, nas 27 unidades da federação através de dados dos tribunais de contas estaduais e municipais e controladorias-gerais regionais.
O Maranhão foi o estado que apresentou o maior número de servidores recebendo irregularmente com 102 mil cadastros. Na sequência, aparecem a Bahia (82,9 mil), Minas Gerais (60 mil), Rio de Janeiro (40 mil) e Ceará (38 mil).Em nota, a CGU informou que os resultados dos cruzamentos foram encaminhados aos órgãos estaduais e municipais responsáveis pelas bases fornecidas à CGU para tratamento, bem como ao Ministério da Cidadania para tomada de decisões em relação a eventual bloqueio ou suspensão de benefícios pagos a beneficiários potencialmente não elegíveis.
Número de servidores estaduais e municipais que receberam o auxílio irregularmente:
Acre: 1.962 servidores (R$ 2,8 milhões)
Alagoas: 35.706 servidores (R$ 65 milhões)
Amazonas:15.227 servidores (R$ 24,7 milhões)
Amapá: 2.488 servidores (R$ 2,6 milhões)
Bahia: 82.977 servidores (R$ 136,7 milhões)
Ceará: 38.785 servidores (R$ 49,4 milhões)
Distrito Federal: 1.590 servidores (R$ 2,5 milhões)
Espírito Santos: 7.109 servidores (R$ 11,3 milhões)
Goiás: 25.527 servidores (R$ 33,4 milhões)
Maranhão: 102.985 servidores (R$ 168,8 milhões)
Minas Gerais: 60.838 servidores (R$ 93,4 milhões)
Mato Grosso do Sul: 6.383 servidores (R$ 8,9 milhões)
Mato Grosso: 4.007 servidores (R$ 7,2 milhões)
Pará: 10.538 servidores (R$ 17,5 milhões)
Paraíba: 36.218 servidores (R$ 47,7 milhões)
Pernambuco: 21.355 servidores (R$ 31,3 milhões)
Piauí: 6.996 servidores (R$ 10,2 milhões)
Paraná: 19.463 servidores (R$ 25,8 milhões)
Rio de Janeiro: 40.998 servidores (R$ 64,1 milhões)
Rio Grande do Norte: 20.277 servidores (R$ 25,9 milhões)
Rondônia: 3.748 servidores (R$ 4,8 milhões)
Roraima: 2.148 servidores (R$ 3,2 milhões)
Rio Grande do Sul: 4.365 servidores (R$ 5,2 milhões)
Santa Catarina: 5.180 servidores (R$ 7,2 milhões)
Sergipe: 12.520 servidores (R$ 16,6 milhões)
São Paulo: 35.826 servidores (R$ 44,4 milhões)
Tocantins: 8.227 servidores (R$ 12,5 milhões)