Em 1964, o Congresso Nacional Brasileiro decretou vacância da Presidência da República e convocou as Forças Armadas para compor uma Junta Governante, como forma de arrumar a bagunça que a República havia se tornado. Esse Regime Civil-Militar de exceção ( ou Ditadura) durou até 1984, quando o General João Figueiredo entregou pacificamente a faixa presidencial a José Sarney ( PMDB), sendo este momento considerado o retorno da Democracia. Atualmente, após 32 anos da “redemocratização” do País, é marcante a impressão do senso comum de que a política brasileira degenerou a tal ponto que não passa de um mercado de negociatas e palco da atuação do Crime Organizado em Partidos Políticos.
Que sempre houve corrupção política na História do Brasil, é inegável. Desde o início houve casos isolados de malversação do dinheiro público e “esquemas” ilícitos. A questão é que atualmente a Nação inteira está refém de uma casta de criminosos que lhe governa: O “esquema” é o Governo inteiro, tendo a oposição como partícipe – como demonstram muito bem as investigações da Operação Lava-Jato! Fantasiados de adversários, disfarçados por siglas que lhes dão camuflagem de ideologia, grupos de mafiosos dizem representar a vontade popular na Democracia e, na prática, só agem ao contrário dos interesses da população, patrocinando crimes de Lesa-pátria. O Brasil, está provado por um rol de escândalos que envolvem Políticos de quase todos os partidos, é uma CLEPTOCRACIA ( Governo dos Ladrões)!
A empresa Capitalista, no Brasil, aparentemente, depende de participação em esquemas de propina para prosperar – ou pelo menos, certa parcela de destaque do capital brasileiro assim degenerou. Na falta de genuína competência e inovação, o “jeitinho” entrou em cena. Daí a ligação onipresente da má administração pública e empresas com contratos de licitação. É curioso que a simbiose corrupta de empresas com o Estado é elemento central da falência da gestão considerada “normal” desse país, onde os impostos pesados não são eficazmente utilizados na saúde, segurança, educação, transportes, etc. para benefício da população pagadora. Isso vai da gestão de municípios até a gestão federal, sendo tão descarada a inversão da lógica administrativa pública, que se tornou a regra de fato. É por isso que o Estado está falido: porque a gestão é, corriqueiramente, comprometida com enriquecimento ilícito de políticos e favorecimento de empresas, deixando pouco espaço para a lida com as reais demandas da gestão da coisa pública.
A ideologia de Esquerda, em seus diversos matizes, supostamente professada por alguns partidos brasileiros, é apenas um engodo ridículo que, quando muito, se presta a ações populistas e eleitoreiras, muitas vezes com a embalagem de “programas sociais”. Em verdade, tais partidos “de esquerda” são iguais em sua prática: chegam ao poder através de promessas populares mil ( estelionato eleitoral), para depois agir na mesma parceria corrupta com empresas capitalistas. Observe que estão no rol de investigados e indiciados da Operação Lava-Jato social-democratas ( PSDB e PSD), socialistas ( PT e PSOL) comunistas ( PC do B ) e a centro-esquerda moderada ( PMDB). É tão clara a diferença entre sua prática e seu discurso que, entre si, alguns desses partidos são considerados de “direita” pela militância de outros…
Tudo que está descrito anteriormente poderia ser considerado parte de um discurso extremista e carente de fundamentos, se não se pudesse citar os nomes Odebrecht, OAS, Petrobrás, BNDES, JBS – cuja simples menção evoca o mar de lama que é a política brasileira. O sujo capítulo atual dessa situação absurda é só mais um “sucesso do momento” do cotidiano da nossa Cleptocracia. Ou seria melhor manter o eufemismo de “Democracia”, para um Governo de quadrilhas?
Reforma política, já!
Por Erick Guerra, O Caçador