devemos entregar todos os empregos, arrecadação e desenvolvimento de vez para os estados vizinhos e efetivar a nossa vocação histórica
Este modesto blogueiro tem uma proposição a fazer: vamos encerrar de vez o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN – PROEDI e retornar ao árduo trabalho que nos manteve no caminho da realização da nossa vocação: a pobreza alastrada nas terras de poti.
Ora, para quê essa coisa de querer ser igual aos estados vizinhos, que vêm levando os nossos empregos? Por que competir em pé de igualdade? Vamos entregar tudo sem pestanejar. O RN assumiria logo sua falência sem discussão. Como diz o ditado, em time que está perdendo não se mexe.
Nós estavamos no caminho certo para isso com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do RN (PROADI), aquele que fez sumir 20 mil empregos em 10 anos. Perdíamos postos de trabalho, desenvolvimento e arrecadação. Afinal, desonerar e simplificar as operações para quem quer vir investir aqui não vale de nada. O bom mesmo é burocracia, dificuldade e ambiente de negócios que desestimula e afugenta.
Sempre agimos assim. Petulância querer algo distinto. Sonha com dinamismo econômico? Que vá visitar a Paraíba, o Ceará ou Pernambuco. Lá você verá. Investidores já estão fazendo o percurso descrito. Depois, se você quiser, é só voltar para cá e saborear a simplicidade do verdadeiro revés. Há fina beleza em ser orgulhosamente o pior.
Por isso, passarei a conceder total razão aos deputados e prefeitos que querem o fim do PROEDI. No RN, muita gente é a favor de reformas, desde que elas nunca aconteçam. Afinal, é fundamental manter a coerência.
A Federação das Indústrias do RN fez um apelo pela manutenção do PROEDI. Um pequeno grupo restante de grandes fábricas – a guararapes incluída – que aqui atua também já disse que vai embora se o PROEDI for derrubado pela Assembleia. Um escancarado absurdo.
Que peguem o chapéu da viagem. Vamos com tudo em busca do nosso destino: somos pobres e queremos ficar ainda mais. Será perfeito. Sem nada para dividir, não teremos mais conflitos sobre distribuição de arrecadação. Será 100% de 0 para todos. Muito melhor.
Por Daniel Menezes