Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou o crime nesta segunda-feira (16).
O policial militar que manteve o filho de 6 anos refém no dia 5 de setembro em Macaíba, Grande Natal, foi indiciado por nove crimes e teve a prisão convertida em preventiva nesta segunda-feira (16). A Polícia Civil concluiu o inquérito e remeteu à Justiça. O PM Hermano Simplício Mangabeira de Araújo, de 34 anos, está detido em uma unidade do sistema prisional do Estado.
De acordo com o delegado que investigou o crime, Cidórgeton Pinheiro, a apuração dos fatos e as provas reunidas “comprovaram” o indiciamento do suspeito pelos crimes de ameaça, sendo praticada duas vezes: contra a ex-companheira e contra o próprio filho; sequestro qualificado, por ter imposto grave sofrimento psíquico ao filho; receptação da arma de fogo; resistência; porte ilegal de arma de fogo; disparo de arma de fogo em local público; direção perigosa e descumprimento de Medidas Protetivas. Todos os crimes foram cometidos dentro da Lei Maria da Penha.
O delegado conta que delitos aconteceram após os policiais realizarem uma abordagem ao suspeito, no município de Macaíba, por causa do descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPU) existentes em favor de sua ex-companheira, além de crime de ameaça contra ela.
Ainda segundo Cidórgeton Pinheiro, o caso começou depois que Hermano Simplício roubou o celular da ex-mulher, em uma tentativa de forçá-la a desistir de denunciá-lo. Entretanto, mesmo após a desistência, o PM a ameaçou de morte. A polícia foi acionada e tentou prender Simplício, que resistiu à prisão. Foi quando o homem fugiu no carro em que estava o filho.
“Em razão disso, foi realizada a contenção do veículo, nas proximidades da praça José da Penha, em Macaíba, quando se iniciou uma negociação acompanhada por policiais civis e militares, que resultou na rendição do agressor. A criança foi entregue à mãe e o policial foi conduzido ao Hospital da Polícia Militar”, relembra o delegado.
Hermano Simplício já havia sido preso anteriormente por descumprir as medidas protetivas existentes em favor da vítima. Nesta segunda (16), ele teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.
“A Polícia Civil esclarece que a discussão quanto a sanidade mental do indiciado é questão discutida no âmbito do processo penal, com exercício da ampla defesa e do contraditório, não sendo possível sua análise na fase investigativa, a não ser quando já declarada pelo Poder Judiciário”, alegou Cidórgeton Pinheiro.