A polêmica de hoje nas redes sociais (FACEBOOK) era mais uma obra que a gestão de Leonardo Rêgo não consegue concluir e entregar. Desta vez a Biblioteca do Sesi que está seguindo a mesma linha da Praça do São Benedito, do Mercado Público (Açougue), da Creche do São Geraldo (Inaugurada duas vezes) e da UPA que ate hoje está fechada (apesar de concluída)
Transcrevemos mais um brilhante texto do professor Amauri Gonçalves que está colocando os inteligentes da gestão e os jagunços virtuais para trabalhar.
Prefeitura de Pau dos Ferros dificulta a inauguração da biblioteca do SESI para fazer uso político visando a campanha de 2020.
Quem passa pela Av. Independência, próximo a CAERN, tem visto há mais de um ano um prédio em formato de livro, pintado com as cores amarela e verde, com uma placa da prefeitura de cor vermelha informando essa OBRA É NOSSA. É uma biblioteca modelo do SESI.
As bibliotecas “SESI Indústria do Conhecimento” são espaços multimídia instalados em municípios ou indústrias, dispondo de materiais educativos, livros, gibis, jornais, revistas, periódicos locais e de circulação nacional, DVDteca, CDteca e Gibiteca, laboratório de informática com computadores conectados à Internet, espaço para leitura, contação de história, pesquisa e estudo, tendo como objetivo promover a inclusão digital e o acesso a informação.
Em parceria SESI e SEBRAE, as unidades contam também com o Espaço Empresarial, com material sobre empreendedorismo, oportunidades e gestão de negócios.
Em Pau dos Ferros, como em várias cidades do RN, a prefeitura realizou a cessão de um terreno, medindo 417m², localizado na Avenida Independência, nas proximidades da CAERN, para garantir a construção do espaço.
A obra, financiada e construída pelo SESI, foi orçada em 213 mil reais e teve início no final de 2017, ficando pronta rapidamente em maio de 2018, já podendo ser usada pela população, mas uma atitude marketeira do prefeito Leonardo Rêgo, tem impossibilitado o acesso da população a este importante investimento do SESI na educação dos jovens de nossa cidade. O prefeito simplesmente tirou a placa da obra do SESI e colocou uma placa da prefeitura de Pau dos Ferros dizendo que aquela obra era de sua gestão, com a justificativa de construir uma calçada, na verdade desmanchar a calçada com acessibilidade que o SESI fez, construir alguns bancos de cimento e um letreiro de concreto de extremo mau gosto, que ele nominou de “Praça do Conhecimento”. O espaço não tem uma árvore que faça sombra para os jovens sentarem nos bancos durante o dia. A noite, que seria o horário possível de sentar nos bancos de concreto, a biblioteca vai está fechada e a pequena praça perderá sua função de integrar os dois ambientes.
Três coisas me chamaram a atenção. A primeira, e a pior delas, que demonstra o inconteste caráter duvidoso da gestão, foi a atitude espertalhona de querer tomar pra si uma obra do SESI, retirando a placa da instituição antes de uma inauguração oficial. A segunda foi a seriedade do SESI que terminou a obra dentro do prazo determinado. A terceira e última, a prefeitura que propositalmente está há um ano enrolando para terminar uma calçada, alguns bancos de cimento e um letreiro de concreto no valor de 73 mil reais.
Em outras gestões sérias, que a prioridade é atender as necessidades do cidadão, as bibliotecas já estão funcionando, como nas cidades de Martins, Almino Afonso, Assú, Caicó, Macau, Natal, Campo Grande, Jardim do Seridó, Mossoró, São Gonçalo do Amarante, Santo Antônio, Serra Negra do Norte, Macaíba, Acari, São José do Seridó, São João do Sabugi, Jundiá, Pedro Avelino, Itajá, Taipu, João Câmera e Maranguape.
Pelo visto, só falta Pau dos Ferros inaugurar a sua biblioteca. Espero que depois desse comunicado, o SESI possa pressionar a prefeitura e inaugurar o quanto antes, porque as evidencias apontam para uma tentativa de uso dessa obra como instrumento político para ser inaugurada somente em 2020 na eleição municipal. Se isto se confirmar, quem perde são os jovens que estão impedidos de usar a biblioteca há mais de um ano quando ficou pronta pelo SESI.
Nenhuma obra é mais importante que a formação dos jovens de uma cidade. Essa política de ilusão praticada por muitos gestores do Brasil, que deixam para inaugurar obras somente no ano eleitoral, deveria ser fiscalizada pelo Ministério Público, já que contraria o princípio da eficiência na administração pública.
Professor Amauri Gonçalves
Pós Graduado em Administração Pública.