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Bancos de sementes do RN serão abastecidos: Sementes serão distribuídas a 52,5 mil agricultores ainda este mês

Os bancos de sementes do Rio Grande do Norte, que encontram-se zerados, devem ser supridos até o fim de fevereiro, afirma a Secretaria do Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE).

A compra das sementes para a safra de 2019 está em fase de processo licitatório, que deve ser concluído até o fim do mês, quando quando elas serão distribuídas para os bancos de sementes antes do início da quadra chuvosa, prevista para iniciar na primeira semana de março. Estão disponíveis cerca de R$ 9,3 milhões para a compra, que devem ser distribuídos em 1.614 bancos, de acordo com a Secretaria.

Este ano, houve um aumento tanto no valor que será empregado para a compra das sementes, como também no número bancos e de agricultores cadastrados no Programa. Em 2018, o Programa abrangeu 157 municípios, com um total de 1.568 bancos e 51.430 agricultores cadastrados. Este ano, serão 1.614 bancos de sementes, distribuídos por 159 municípios do Estado. 
Houve também um incremento no número de agricultores cadastrados, que passou para 52.565. De acordo com a Sape, estão habilitados para receber as sementes do Banco apenas aqueles agricultores que atualizaram seus dados junto à Emater até novembro do ano passado. 

Em 2018, o valor gasto para a compra das sementes de feijão, sorgo, milho e arroz, que são as que compõem os bancos de sementes no Rio Grande do Norte, foi na faixa dos R$ 7,8 milhões, R$ 1,5 milhão a menos do que está previsto para ser gasto nesse ano. Isso, explica o coordenador de agropecuária da SAPE, Antônio Carlos Magalhães, aconteceu porque não havia, no mercado, a quantidade de sorgo total necessária para suprir a demanda do Estado.

“O mercado não tinha disponível as 160 toneladas de sorgo que estávamos solicitando, então foi comprada a metade disso, para que não atrasasse todo o processo. Esse ano, vamos comprar tudo que está previsto”, explica Magalhães, que também coordena o programa do banco de sementes. 
A redução na quantidade de sorgo que deveria ser comprada, no entanto, não foi o único motivo que levou os estoques dos bancos de sementes a zerarem no início de 2019. “Em 2018, nós tivemos áreas que tivemos mais chuvas, o que foi positivo para a agricultura do Estado, que há anos vinha sofrendo perdas com a seca. Os estoques dos bancos foram consumidos pelos próprios agricultores, de acordo com o que foi analisado pelos nossos técnicos da Emater, por uma demanda deles. É algo positivo, significa que plantamos mais”, afirma. 

O milho, o feijão e o sorgo são plantados em toda extensão do Rio Grande do Norte. As variedades, explica o coordenador, são determinadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Empresa de Pesquisas Agropecuárias do RN (Emparn). “São culturas rápidas, de ciclo curto, pensadas justamente para aproveitar as poucas chuvas da melhor maneira possível”, afirma Magalhães.De milho, utilizam-se duas variações, o milho cruzeta e o milho potiguar. O feijão também possui duas variações: o branco, plantado nas regiões que abrangem Trairí, Potengi e o litoral, e o feijão vermelho, mais direcionado para o Oeste do Estado. Apenas o arroz possui uma área específica de cultivo no Rio Grande do Norte, e é destinado exclusivamente aos municípios de Apodi, Felipe Guerra e Caraúbas, que cultivam o arroz vermelho. 

Reservatórios

O RN possui 940 milhões de metros cúbicos disponíveis em suas reservas hídricas. O valor corresponde a 21,32% do total da capacidade de armazenamento do Estado, que é de 4,411 bilhões de metros cúbicos. Apesar do Estado ter apresentado uma pré-estação chuvosa acima da média, e dos prognósticos para o inverno serem positivos, a situação das reservas hídricas do Estado ainda preocupam, e muitas cidades permanecem em rodízio de abastecimento.

Os reservatórios que mais receberam água nas últimas chuvas foram: Marcelino Vieira, que saiu de 49,08% de sua capacidade em 7 de janeiro para 56,64% no dia 28; Encanto, que estava com 65,88% e atualmente encontra-se com 78,83% e Beldroega, que estava com 47,14% e passou para 51,76%.

Já a situação mais grave está nos reservatórios de Santana, localizado em Rafael Fernandes; Cruzeta; Gargalheiras, em Acari; Dourado, em Currais Novos; Santa Cruz do Trairi e Inharé, ambos em Santa Cruz; Trairi, em Tangará e Japi II, em São José do Campestre. Esses se encontram completamente secos, de acordo com o Instituto. Os açudes em volume morto, por sua vez, são Pilões, com 2,35% da capacidade; Malhada Vermelha, com 10,22%; Rio da Pedra, com 17,26%; Itans, com 1,70%; Zangalheiras, com 0,95%; Esguicho, com 0,10% e Bonito II, com 1,87% da sua capacidade total.

Números

159 Municípios estão englobados no programa Banco de Sementes no RN

R$ 9,3 milhões. É o valor a ser gasto pelo Governo com sementes

52.565 é o número de agricultores cadastrados

Fonte: Tribuna do Norte

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